Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de São Paulo paralisaram suas atividades na manhã de sexta-feira (11). A reivindicação dos trabalhadores é referente ao atraso de pagamento dos salários, pagamento do feriado de 12 de outubro bem como, do não cumprimento da convenção dos trabalhadores, como o atraso, também, da Participação do Lucro e Resultados (PLR).
Desta vez foi na Viação Metrópole Paulista, na garagem AE Carvalho. A paralisação se deu bem no início da madrugada, às 4h35, e só normalizou totalmente depois das 7h00, conforme SPtrans. Por outro lado, o Sindmotoristas/SP afirma que fez uma assembleia com os trabalhadores que reclamam o não recebimento de salários referentes ao feriado de 12 de outubro.
Nessa semana já havia ocorrido uma paralisação, onde os motoristas e demais trabalhadores da Viação Sambaíba Transportes Urbanos cruzaram os braços no início do turno da madrugada, em garagens da Zona Norte, em virtude das mesmas reivindicações da Viação Metrópole Paulista e também por conta da demissão de um trabalhador, representante dos trabalhadores daquela empresa.
Consequências da greve
Os trabalhadores foram protagonistas de uma importante greve neste ano, onde ficaram por 24 com os braços cruzados, passando por cima dos desmandos, tanto da Prefeitura de São Paulo cujo prefeito do MDB golpista Ricardo Nunes, bem como, os “concessionários”, uma vez que o transporte público é privatizado, quando deveria ser público e gratuito. Os próprios representantes da categoria, do Sindicato dos Motoristas e trabalhadores em transporte Urbano Rodoviário de São Paulo (Sindmotoristas/SP), tentaram quebrar a greve uma vez.
A paralisação naquele período fez com que a Convenção Coletiva dos Trabalhadores (CCT) fosse assinada, no entanto, os condutores vêm sofrendo uma perseguição implacável pelos donos dessas empresas e a Prefeitura assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho, porém, por uma mera formalidade, uma que está CCT não está sendo cumprida.
Demissões
Os patrões estão partindo para a repressão e, além de não cumprirem o que assinaram, os trabalhadores estão sendo perseguidos, como ocorreu na Sambaíba, por exemplo. Mas também em outras garagens, como a Via Sudeste que, estão impondo a redução do horário de refeição para apenas 30 minutos, além de impor aos seus funcionários uma perseguição, onde foram aumentadas as fiscalizações, inclusive clandestinas, sendo que qualquer coisa, são punidos com gancho e até demissão com perda de direitos.
É preciso unificar a mobilização de todos os operários do setor de transporte coletivo de São Paulo, para impor o atendimento das reivindicações, cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho e fim à repressão aos trabalhadores.