Enquanto o socialismo não chega, a barbárie vem tomando cada vez mais conta do mundo.
Dessa vez, a cólera, uma doença que está diretamente ligada a infraestrutura de saneamento básico, está avançando em surtos pelo mundo e não só por falta de saneamento mas além disso de vacinas.
Dados relatados pela ONU dão conta de que cerca de 30 países em 2022 acenderam o alerta de surto de cólera, o que significa um terço a mais do que o normalmente registrado, além disso já várias mortes por conta da doença foram contabilizadas.
Com um estoque que costumava ser de 36 milhões de doses disponibilizadas ao ano, atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estoque global de vacinas contra a doença encontra-se praticamente zerado.
“Não temos mais vacinas. Mais países continuam solicitando (elas) e é extremamente desafiador”, relatou o médico Philippe Barboza,chefe de equipe da OMS para cólera e doenças diarreicas epidêmicas.
“Provavelmente é muito menos atraente desenvolver uma vacina para a cólera, basicamente uma vacina para países pobres, do que desenvolver vacinas contra a Covid, onde a receita obtida com a vacina é muito maior”, continua Barboza.
Além da falta de interesse das grandes empresas farmacêuticas de produzir uma vacina cuja demanda se dá em grande parte por países pobres como Haiti, Congo, Iêmen ,dentre outros, é preciso destacar o retorno da doença a países de renda média como o Líbano e inclusive o Brasil.
Ou seja, o Imperialismo está por trás do surto da doença seja por meio da demanda de lucros com medicamentos cuja função deveria ser curar a população e não enriquecer os acionistas das empresas farmacêuticas seja por meio da destruição das condições de vida das populações com a privatização da água e a rapina dos recursos públicos que deveriam ser destinados a infraestrutura das cidades e aos cuidados com a saúde da população.