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Eleições 2022

Caso PSB mostra que Lula não terá apoio dos partidos burgueses

É preciso partir para a mobilização e parar de perder tempo com políticos e partidos burgueses

Na última quarta-feira, dia 9, o PSB deixou as discussões para formar uma federação com PT, PCdoB e PV. Na prática acabando com a federação PT-PSB. Essa situação agora implica que só podem lançar o mesmo número de candidatos que um partido individual pode oficializar. O PCdoB pode ser o próximo a abandonar o barco federativo, basta ver a atuação antipetista de Orlando Silva em São Paulo, ou então os inúmeros prefeitos fisiológicos e de direita que o partido tem espalhados pelo Brasil. 

O recuo do PSB sempre foi a linha política do partido, mostrando que é apenas um instrumento na mão da burguesia que não quer Lula. Nas primeiras negociações o PSB já colocava mil e um obstáculos e ainda pedia para o PT abdicar de algumas candidaturas principais em capitais importantes, o que a princípio era praticamente impossível.  

A saída do PSB da federação comprova que Lula não terá apoio dos partidos burgueses. Mesmo que ele decida apoiar a candidatura de forma formal, é preciso ver se de fato farão algo para apoiar a candidatura. Não é porque estão ali na coligação que estão apoiando de fato. O PSB pode até falar que vai apoiar, mas é mais ou menos claro que isso é um apoio platônico. O que eles vão fazer? É um partido de parlamentares, eles não têm militância de rua. De fora é um apoio puramente “religioso”. Há um esforço político para o isolamento da candidatura de Lula e o fato da retirada do PSB da federação faz parte desta campanha. Enquanto privilegiam as negociações, as campanhas e mobilizações se encontram paradas, atuando diretamente a favor da queda de Lula. Desde o final do ano passado estão negociando, chega em março não vai ter federação. Veja o tempo perdido.  

Ao mesmo tempo, outros setores direitistas procuram impor um freio à candidatura de Lula como Tabata do Amaral que declarou que é preciso estressar o programa do PT. A burguesia percebeu que o PT está numa saia justa em relação ao programa. Se vai muito para a esquerda, vai ser abandonado pela direita, se vai muito para direita, perde o apoio popular. Eles querem que o PT faça uma campanha eleitoral direitista. Não querem apoiar Lula, mas querem que Alckmin seja vice. Por que isso? 

Alckmin é um cavalo de Troia, uma figura altamente desmoralizante. E como vice é um tributo que PT está pagando pelo apoio do grupo de Alckmin ao Haddad, mas esse grupo não vai apoiar Lula. 

O grupo político do Alckmin em São Paulo não irá defender ou favorecer a candidatura de Lula, apenas a candidatura de Haddad, a qual tal grupo de Alckmin julga ter a possibilidade de controlar o governo de Haddad em São Paulo. O Alckmin sai como candidato a vice, pois com a vitória de Lula ele reforça seu grupo político de São Paulo, inclusive expandindo seu grupo político nacional, ou até formar seu próprio partido, uma reedição do PSDB, ou ainda a possibilidade de sua entrada no Partido Verde. Ainda, ele aparece como um candidato “democrático” com este apoio do PT. 

Outro caso é o PSOL, que mesmo que em algum momento declare apoio a Lula, na prática, não irá apoiar. Apresentaram o tal programa de 12 pontos como exigência para o apoio a Lula. Entre os 12 pontos citam “três principais itens programáticos aprovados para basear as negociações com o PT e apoio à candidatura de Lula”, dentre elas a revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016 (reforma trabalhista, reforma da previdência e Teto de Gastos); o enfrentamento à crise climática com medidas para financiar a transição energética, defesa de um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, desmatamento zero, garantia de direitos aos povos indígenas, tradicionais e quilombolas; e a proposição de uma reforma tributária que diminua a taxação no consumo de bens essenciais e populares e foque na taxação de renda e propriedade, incluindo a criação de impostos dos super-ricos/bilionários”. O que ficou validado, inclusive, no próprio congresso do PSOL, onde se chegou a um acordo de não decidir pelo apoio a Lula e permitir que setores do partido lançassem um pré-candidato, justamente para fazer campanha contra a unidade da esquerda em torno da candidatura do ex-presidente. 

O número de pessoas da política nacional que estão interessados na vitória de Lula e derrota de Jair Bolsonaro são poucos. Até mesmo dentro do PT, parlamentares e governantes têm como posição que a candidatura de Lula é questão secundária dentro dos interesses políticos e eleitorais destes grupos e Partidos.  

Tudo isso mostra o enorme tempo e terreno perdido pelo PT e por Lula. É necessário reagrupar forças da esquerda militante e dos trabalhadores do Bloco Vermelho para impulsionar a mobilização a favor da candidatura Lula, nas ruas, antes que a direita e seus serviçais da esquerda façam o serviço sujo contra a única candidatura que pode impor uma derrota histórica ao golpismo e à direita brasileira.

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