Startup voltada ao transporte rodoviário, a Buser está demitindo 30% do seu quadro de funcionários que conta com 550 pessoas. Os cortes têm o objetivo de preservar recursos para encarar a crise de liquidez nos fundos de venture capital, que financiam empresas de tecnologia. Além disso, a empresa também afirmou que isso faz parte de um plano para conseguir lucrar logo no primeiro semestre do ano que vem.
Creditas, Loft e OLX são outras empresas que anunciaram cortes nesta semana. Esses cortes se somam às três mil demissões que aconteceram em startups brasileiras no primeiro semestre deste ano, devido ao aumento dos juros, que reduziu os investimentos.
Além desse cenário, a Buser também enfrenta problemas com relação ao modelo de negócios adotado.
Em declaração ao jornal O Globo, o fundador e CEO da empresa, Marcelo Abritta, falou o seguinte: “Infelizmente tivemos que fazer esse ajuste, não só devido ao cenário macroeconômico, mas também por causa da perseguição que sofremos de alguns órgãos reguladores. A jurisprudência em construção nos tribunais é favorável ao modelo da Buser, mas órgãos reguladores descumprem decisões judiciais e praticam blitze seletivas, gerando custos adicionais para a nossa operação. Esperamos que a regulação do setor tenha avanços no próximo governo para que possamos voltar a gerar empregos de alto valor agregado”.