A direção do Banco do Brasil, no bojo da famigerada reestruturação, havia lançado, entre os dias 07 a 25 de março, mais um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), cujo objetivo era atingir a meta de demitir 315 funcionários que se enquadravam no processo de eliminação de postos de trabalho em várias dependências administrativas do banco e, onde houveram alterações de dotações em relação à movimentação de pessoal, sendo que as adesões ao plano só seriam validades em cargos ou funções em unidades com excesso de pessoal.
Lembrando que, em todo esse período do processo do PAQ, nessas dependências, havia todo um clima de terrorismo por parte dos chefetes de plantão, causando um ambiente de completo desespero entre os funcionários.
Passado o período de adesão ao Plano de Adequação, agora, o terrorismo e a ofensiva reacionária contra os funcionários que não aderiram ao plano de demissão “voluntária” aumentou. Estes estão, arbitrariamente, perdendo as suas funções comissionadas.
Conforme denúncias dos próprios trabalhadores, na maioria das diretorias do Edifício Sede do BB, em Brasília, estão acontecendo uma enxurrada de descomissionamentos, cortando em média 10% do efetivo de comissionados níveis 6 e 8. Pior que isso, a maioria dos descomissionados são pessoas que não tem dez anos de exercícios nesses cargos, ou seja, perdem automaticamente o direito de terem incorporado as comissões e consequentemente terão rebaixados os seus vencimentos, em muitos casos chegando a 50% de rebaixamento.
Esse plano macabro da direção do banco é, sem sobra de dúvida, um aprofundamento dos ataques do governo golpistas de Bolsonaro e seus lacaios a frente da empresa, contra a instituição pública Banco do Brasil e aos seus trabalhadores. As medidas do banco, que atingem centenas de trabalhadores no País inteiro, além de demitir e rebaixar os salários, altera a estrutura de várias unidades do banco, fecha dependências, modifica e elimina muitas carteiras de clientes, inclusive bem estruturadas e lucrativas, com a eliminação de postos de trabalho e cargos comissionados.
Na verdade, o PAQ é mais um instrumento da política neoliberal de absoluta liquidação do Banco do Brasil como empresa pública. O PAQ, nesse sentido, é mais uma medida cujo o objetivo é a preparação do “terreno” para pavimentar o caminho rumo à privatização do banco.
Diante de mais esse ataque, as entidades de luta dos trabalhadores bancários devem organizar, imediatamente, os trabalhadores do BB numa gigantesca mobilização contra os ataques da direita golpista que está entregando o país para meia dúzia de banqueiros e capitalistas parasitas que vivem às custas da exploração dos trabalhadores e de todo o povo.
Além disso, é necessário que os sindicatos e a CUT lancem uma campanha nacional de defesa das estatais, convocando uma plenária nacional dos trabalhadores das estatais que delibere por medidas necessárias para impulsionar uma verdadeira campanha em defesa dos bancos públicos e das demais empresas estatais que estão na mira do governo e da direita golpistas e do imperialismo.