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"Imperialismo" russo

As sanções contra a Rússia afetam a soberania nacional do Brasil

Em meio à guerra, parte da esquerda afirma que a Rússia é imperialista, o que simplesmente não condiz com sua atuação no mundo

Setores da esquerda, para justificar seu alinhamento político ao imperialismo, inventaram a história de que a Rússia também seria um país imperialista. A realidade, no entanto, está muito distante disso. Apesar de toda a dificuldade devido à crise, o imperialismo impõe sanções à Rússia que nunca seriam eficientes se ocorresse o contrário.

Como já denunciado por esse Diário, as sanções do imperialismo contra a Rússia afetam praticamente o mundo todo. 40% do fornecimento de gás e 30% do petróleo, por exemplo, consumido na Europa são importados do governo russo. Com a proibição da importação os preços tendem a aumentar significativamente. O fornecimento de petróleo e gás da Rússia é essencial especialmente para a Europa. Países membros da OTAN já relataram não terem condições de embarcar nesse tipo de sanção.

A Rússia é um grande exportador de matéria prima, hoje é considerada a 12ª economia mundial. Tem bastante influência no mercado local do Leste Europeu e parte da Ásia, mas não possui grandes monopólios comerciais que participam de setores fundamentais da economia mundial. A Rússia não tem capacidade de manipular ou boicotar produtos, no âmbito de obter vantagens e nem minimamente de aplicar sanções contra outros países. O Brasil, por exemplo, que chegou a ser a 5ª economia mundial, jamais poderia ser considerado um país imperialista.

Com a escalada do conflito na Ucrânia, o Estados Unidos resolveu de forma abrupta proibir a importação de petróleo dos russos. O que levou o preço do barril às alturas, chegando até o fechamento dessa matéria o valor de US$ 120 podendo nas próximas semanas atingir US$ 150 e continuar subindo. No Brasil onde o governo é fruto de um golpe de Estado, capacho total do imperialismo que ataca principalmente o setor energético do país, já sentimos a pressão das sanções. Na semana passada o preço dos combustíveis teve uma média de aumento em torno de 18%, o que pode levar a uma crise inflacionária sem precedentes.

Setores da esquerda atordoada, com fins de esconder seus laços profundos com o imperialismo manobram de forma curiosa para defender a OTAN e os nazistas ucranianos. Uma das falácias é de a Russia também seria imperialista portanto não poderia defender o governo de Putin, por se tratar de uma “guerra entre imperialismo”. O que não passa de uma falsificação absurda. Apesar de dimensões continentais tal qual o Brasil, a Rússia é um país atrasado. Mesmo com poderio militar gigantesco, com armamento nuclear, a Rússia é um país oprimido pelo imperialismo.

Uma situação clara veio à tona, que diz respeito ao próprio Brasil e que prova que a Rússia não é um país imperialista. De acordo com o Estado de S. Paulo, em fevereiro, a Força Aérea Brasileira, oficializou a desativação dos Helicópteros Mi-35M da FAB, num processo que deve estar concluído em 31 de dezembro – ou seja, nessa data, nem um único dos 12 helicópteros hoje em serviço estará mais ativo. As máquinas russas foram adquiridas novas de fábrica e tem menos de 10 anos de uso.

O equipamento Russo, operado pela Aeronáutica, tem função de defesa do Brasil na região da Amazônia. O Mi-35M é o único helicóptero de combate no mundo capaz não só de atuar como aeronave de ataque, mas também para assaltos de tropas e comandos, podendo levar até oito soldados armados, retirar feridos e transportar técnicos para locais remotos. Especialistas e técnicos envolvidos com o programa do Mi-35M, ouvidos pela reportagem do Estadão, apontam que a razão da desativação: são as sanções dos EUA à Rússia.

Outro ponto que vale citar é decisão da Embraer no dia 3 de março que, diante das sanções aplicadas à Rússia, suspendeu serviços de manutenção e venda de peças para clientes russos. A medida segue idêntica decisão das concorrentes Airbus e Boeing. Na Rússia, a S7, a segunda maior aérea do país, usa modelos Embraer 170 nas rotas regionais. Dos aviões brasileiros na frota, 15 estão em serviço e dois não estão em uso. Os modelos brasileiros representam 16% da frota da empresa que tem 105 aviões.

Simplificando, nenhum país imperialista do mundo seria proibido de vender peças de um helicóptero ou aeronave que ele próprio produz. O mesmo vale para o Brasil, que não consegue comprar essas peças, abrindo uma brecha gigantesca na soberania e integridade territorial do país. Portanto se trata, entre outros, de dois países oprimidos pelo imperialismo. Nesse momento quem tenta cercar e asfixiar a Rússia militarmente e economicamente é os EUA e a OTAN, os verdadeiros imperialistas.

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