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Imperialismo

Após Bush, Obama e Biden, restaurar a liberdade de expressão

É preciso lutar contra o avanço do imperialismo sobre os direitos democráticos do povo

– Thierry Meyssan, editor do Voltairenet O candidato Donald Trump pronunciou, na quinta-feira, 15 de Dezembro de 2022, o seu primeiro discurso eleitoral. Ele designou como prioridade o restabelecimento da liberdade de expressão nos Estados Unidos quando as revelações de Elon Musk (Twitter Files) e as da America First Legal Foundation atestam que toda informação é manipulada.

Pode-se pensar o que se quiser do Sr. Trump, tanto mais que ele tem sido alvo de uma campanha mundial de difamação desde a sua eleição em 2016, a qual nos impede de avaliar correctamente a sua acção, mas é forçoso constatar que, desde o 11 de Setembro de 2001, ele tem feito as perguntas certas.

« Se não temos liberdade de expressão, então não temos um país livre. É tão simples como isso », declarou ele no início do seu vídeo. « Se este direito que é o mais fundamental perecer, então o resto de nossos direitos e liberdades desmoronará como um dominó. Um a um, irão desaparecer ».

Reiterou que era preciso distinguir – o direito das plataformas à imunidade de conteúdos se elas se contentarem em
veicular-los sem tomar conhecimento deles,
 da sua responsabilidade se elas se permitirem anotá-los ou censurá-los. Neste segundo caso, elas devem incorrer em processos judiciais da mesma forma que os autores das mensagens que elas difundem.

« Nestas últimas semanas, relatórios explosivos confirmaram que um grupo sinistro de burocratas do Estado Profundo, tiranos de Silicon Valley, de activistas esquerdistas e médias (mídias-br) corporativos depravados conspiraram para manipular e silenciar o povo americano », declarou o Sr. Trump.

« Eles cooperaram para suprimir informações vitais sobre tudo, das eleições à saúde pública (…) o cartel da censura deve ser desmantelado e destruído e isso deve ocorrer imediatamente », prosseguiu.

1- O 11-DE-SETEMBRO DE 2001

A mentira generalizada começou no Ocidente com a descrição dos atentados do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos [1]. Desde os primeiros minutos do acontecimento, os média, sem realizar qualquer investigação e na ausência de reivindicação, designaram o culpado. Mais tarde, durante o dia, uma jornalista da BBC garantiu que a Torre 7 havia acabado de desabar quando a víamos no plano de fundo durante ainda mais algum tempo.

Naquele dia, se alguns jornalistas norte-americanos descreviam com mais espírito critico e equilíbrio aquilo que viam, só um homem ousou dizer à televisão que aquilo que as autoridades diziam era falso. Foi o promotor imobiliário Donald Trump para quem as duas primeiras torres não podiam ter desabado sob o efeito dos aviões que as haviam atingido. Ele sabia muito bem o que afirmava já que à época empregava os arquitectos que tinham construído o World Trade Center.

Donald Trump foi suficientemente inteligente para explicar que as autoridades deviam ter motivos de segurança nacional para esconder a verdade do público. Seis meses mais tarde, eu não tive a mesma habilidade ao publicar o best-seller mundial L’Effroyable imposture (A Terrível Impostura-ndT).

Deste período, lembro-me de uma jornalista de uma grande revista norte-americana que me veio entrevistar em Paris. Quando lhe chamava à atenção que, se os aviões tivessem feito cair as torres, elas não teriam colapsado sobre si próprias como durante uma demolição controlada, mas lateralmente, ela respondeu-me que não tinha opinião porque não era perita na matéria. Também me recordo do redactor-chefe de uma importante revista dos EUA que me telefonou para me explicar que não podia publicar nada, mas que concordava comigo.

Um manto de chumbo acabava de cair sobre o Ocidente. Os anos que se seguiram, com a « remodelagem do Médio-Oriente Alargado », não foram mais que uma longa sequência de mentiras. Apresentou-se uma operação do Pentágono como uma sequência de intervenções contra ditaduras ou em guerras civis. Washington destruía populações inteiras por boas causas. Não houve relutância em fingir que o Iraque tinha a terceira maior força militar do mundo e armas de destruição maciça; que Muamar Kaddafi e Bashar al-Assad eram ditadores, etc.

Estes acontecimentos foram o início do Fact Checking (Avaliação de Factos-ndT). Os média às ordens garantiam doutamente coisas inacreditáveis. O diário Le Monde publicou cálculos absurdos assegurando que tudo era claro e lógico. Depois vieram os insultos. Aqueles que ponderavam foram qualificados de «conspiracionistas» e acusados de ser ideologicamente extremistas. Dois importantes jornalistas publicaram um livro por encomenda a fim de garantir que, se não havia de restos de um Boeing no edifício do Pentágono, era porque o avião se tinha espatifado em « mergulho horizontal » (sic) [2]. Todas estas idiotices foram repetidas até à náusea.

2- A CAMPANHA DE 2016 CONTRA OS JACKSONIANOS

O debate que eu lançara a nível mundial levou um tempo particularmente longo a iniciar-se nos Estados Unidos. Foi preciso que, em 2004, um intelectual reputado, David Ray Griffin, se tenha decidido escrever um livro para refutar as minhas alegações e com estupefacção tenha descoberto que eu tinha razão.

Em 2016, de surpresa, Donald Trump conquistou o Partido Republicano e foi eleito Presidente dos Estados Unidos. A imprensa às ordens interpretou esta eleição como uma vitória do populismo sobre a razão. Mas por que é que o povo dos EUA seguia um tal homem a não ser porque ele recusava a mentira dominante?

Tendo Donald Trump sido investido pelo Partido Republicano, mas não sendo entretanto Republicano, uma ampla campanha bipartidária foi montada para destruir a sua imagem [3]. Ela começou antes mesmo de ele aceder à Casa Branca. Foi orquestrada a nível internacional por David Brock e custou pelo menos US$ 35 milhões de dólares.

Pela primeira vez, a imprensa ocidental descrevia o Presidente eleito dos Estados Unidos como um racista e apelava para a sua eliminação antes que ele causasse muitos estragos. Durante quatro anos, nenhuma das suas decisões importantes foi divulgada na imprensa, apenas rumores de bastidores sobre quezílias no seio da sua equipa. Ouviram alguma vez falar do decreto presidencial excluindo a CIA do Conselho de Segurança ou da paragem do financiamento dos jiadistas?

Ela apresentou a política externa do Presidente Trump como sendo a loucura inconsequente de um homem só, quando ele realmente agia na linha de uma escola de pensamento, a do Presidente Andrew Jackson. Mas, ouviram falar dele a não ser como sendo um racista?

3- A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NORTE-AMERICANA DE 2020

A eleição presidencial de 2016 é tão importante quanto os atentados do 11- de-Setembro. A narrativa que dela é feita não tem nenhuma relação com o acontecimento. O problema não é saber quem fez batota, nem como, mas constatar que não foi transparente. Os boletins de voto (cédulas-br) de mais de metade dos eleitores foram contadas sem atender às exigências de transparência de uma democracia.

O mundo inteiro assistiu a uma eleição opaca num país que pretendia ser um “exemplo” de democracia. O que Donald Trump qualificou de «roubo» não o será porque ninguém sabe o verdadeiro resultado desse escrutínio. Acontece que essa opacidade resultou na tomada do Capitólio por manifestantes pacíficos após a polícia ter intencionalmente baloiçado um deles a vários metros de altura para o matar.

4- A PANDEMIA DE COVID-19 DE 2020-21

Durante a pandemia de Covid-19, as Administrações Biden e von der Leyen enganaram intencionalmente os seus administrados. Eles difundiram, com pleno conhecimento das suas mentiras, números falsos e fingiram que:
 As « vacinas anti-Covid » (ARN mensageiro) protegiam da transmissão do vírus (o que os fabricantes jamais afirmaram).
 As « vacinas anti-Covid » (ARN mensageiro) são recomendadas para grávidas.
 As « vacinas anti-Covid » (ARN mensageiro) protegem as crianças (quando estas apenas excepcionalmente contraem a doença).
 As « vacinas anti-Covid » (ARN mensageiro) não têm efeitos secundários notáveis sejam quais for a idade e a condição dos pacientes (quando elas provocam graves acidentes cardíacos nos homens de menos de 40 anos).
 Não existe qualquer outro remédio eficaz contra o Covid-19 a não ser as vacinas ocidentais (quando muitos outros Estados utilizaram medicamentos no primeiro estadio da doença ou fabricaram suas próprias vacinas).

Alguns interpretam estas intoxicações como sendo incompetência, outros como corrupção pelas empresas farmacêuticas. Pouco importa: em ambos os casos, o Ocidente mergulhou na mentira porque os seus meios de comunicação são censurados.

A ORGANIZAÇÃO DA CENSURA DE ESTADO

Os documentos do Twitter (Twitter Files) revelados pelo seu novo proprietário, Elon Musk, e os “e-mails” da Agência de Saúde Pública norte-americanas (CDC) obtidos pela associação trumpista America First Legal Foundation [4] atestam que a Administração Biden controlou secretamente e ocasionalmente censurou todas as mensagens trocadas no Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Whatsapp e Hello em todo o mundo. Para o fazer, Washington dispôs de cúmplices estrangeiros. O próprio Presidente Biden pôs em prática uma agência de censura, o « Conselho de Governança da Desinformação » (Disinformation Governance Board) [5]. Claro, oficialmente ele dissolveu-a face às críticas, mas sob um outro nome ela continuou a sua acção.

Esta agência consagra-se a censurar as informações sobre os « nacionalistas integralistas » ucranianos [6] e sobre os crimes do regime de Zelensky [7]. Ela intoxica-nos quanto às acções da Rússia e da China, de modo que não nos apercebemos da viragem do mundo contra o Ocidente.

É forçoso constatar que a progressão do populismo é antes de mais uma resposta popular à extensão da censura, primeiro nos EUA, depois em todo o Ocidente. A liberdade de expressão, e portanto a democracia, está morta, liquidada por aqueles que tinham a responsabilidade de a proteger.

Os esforços de Donald Trump, se forem coroados de êxito, restabelecerão a liberdade de expressão, mas não a democracia. Já é muito tarde. O mundo mudou. Durante estes últimos 20 anos, a igualdade mínima entre os cidadãos desapareceu : as diferenças de rendimento foram multiplicadas por mais de 1. 000 e as classes médias foram parcialmente arruinadas.

Nestas condições, um novo regime político deve ser inventado e ele só poderá ser construído no interesse de todos se todos tiverem liberdade de expressão.

* Os artigos aqui reproduzidos não expressam necessariamente a opinião deste Diário

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