Na última segunda-feira, dia 12 de setembro, Marina Silva (Rede) declarou oficialmente seu apoio à candidatura de Lula (PT) para presidente. Marina, que apoiou o tucano Aécio Neves no segundo turno das eleições em 2014, e foi favorável ao golpe de 2016, busca se reciclar após queimar sua própria imagem, se colocando como inimiga do povo e aliada do golpe de Estado.
Enquanto Marina não tem nada a oferecer a Lula, visto que não tem qualquer base social real, ela se beneficia e muito pela associação com a maior liderança popular do país, para impulsionar não a candidatura de Lula, mas sua própria candidatura a deputada federal pelo estado de São Paulo. Os golpistas estão passando por um processo de reciclagem, e a campanha de Lula tem se prestado ao papel de fábrica recicladora de tucanos. Ao passo em que a direita golpista, também chamada direita tradicional, ou terceira via, perdeu sua base política durante o golpe, pois tal base se radicalizou e se tornou bolsonarista, agora ela busca resgatar algum apoio ao se associar à esquerda, que comete um erro fundamental em corroborar com essa manobra.