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Terrorismo?

Ameaça de atentado em Brasília não comoveu a burguesia

A campanha histérica contra os atos bolsonaristas, que terminaram em queima de carros, não ocorreu para um atentado a bomba planejado para o Aeroporto Internacional de Brasília

Na véspera de Natal, dia 24 deste mês de dezembro, um homem foi preso acusado de planejar um atentado a bomba em Brasília. O empresário bolsonarista do Pará levou armas e explosivos para os protestos que ocorrem em frente aos quartéis, com plano de dar apoio a um golpe de Estado. Face à não ocorrência do golpe, o atentado foi planejado para forçar a decretação de um estado de sítio na capital federal.

Após toda a campanha em torno do “terrorismo” por fechamento de estradas e protestos pelo País questionando o resultado eleitoral, o clima político não chegou ao mesmo nível de histeria com um caso real da coisa. Após a ameaça de explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, a campanha sobre o terrorismo está mais morna que quando o protesto bolsonarista queimou alguns carros em Brasília, uma demonstração da farsa total dessa campanha.

No dia 12 de dezembro, bolsonaristas se revoltaram com a prisão ilegal de um dos manifestantes, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Naquela noite, carros e ônibus foram incendiados em Brasília e um confronto ocorreu em frente à sede da polícia federal, na tentativa dos manifestantes de soltarem o preso. O caso deu lugar a uma histeria generalizada “contra o terrorismo”. Membros da esquerda pequeno-burguesa adotaram todo o vocabulário da imprensa burguesa e falaram em vandalismo, baderna e terrorismo.

Com o caso do homem, que levou oito armas de fogo, sendo três pistolas, duas escopetas, dois revólveres e um fuzil e, mais que isso, bananas de dinamite, a coisa não toma o mesmo caráter. O planejamento de um atentado a bomba direcionado ao aeroporto internacional recebeu menos destaque que alguns ônibus queimados. O ataque foi cogitado ainda para a subestação de energia em Taguatinga, para provocar o caos pela falta de energia na busca pela decretação do estado de sítio.

A campanha contra o terrorismo é reacionária, e vem na esteira do governo George W. Bush, nos Estados Unidos, que utilizou essa justificativa para as invasões ao Iraque e ao Afeganistão, além de para impor sanções a outros países atrasados. No entanto, é preciso demonstrar a dualidade que se estabelece. Face a algo sem grande consequência, um protesto contra uma prisão ilegal de um cidadão comum, se criou um alarde, mas contra a tentativa de um atentado à bomba, não há alarde.

A demagogia da imprensa burguesa e sua tentativa de incitar a repressão contra direitos básicos fica evidente. Os protestos devem ser caracterizados como terrorismo, com ampla campanha e repetição dos bordões da repressão estatal. Um caso, porém, que mereceria mais destaque, é encarado com uma matéria ou outra, e poucas considerações a respeito. A política da burguesia é uma farsa, e a esquerda não deve aderir a ela de maneira acrítica em momento algum.

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