O programa Marxismo desta semana, pelo companheiro presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, que vai ao ar todas as sextas-feiras ao meio dia no canal do Partido da Causa Operária, será o de no. 65. Vai ser apresentado pelo companheiro Henrique Áreas que introduz o programa, que mostra análises profundas de temas variados. Sexta passada, o tema apresentado foi Materialismo Histórico, do qual destacamos alguns trechos como segue abaixo. Para acessar o programa no YouTube, pesquise por < marxismo por rui costa pimenta 25/11 > .
Não perca o programa Marxismo desta sexta-feira, amanhã, dia 25/11. Segue um trecho do programa anterior, do dia 18.
“Nós estamos vivendo efetivamente numa época de subjetivismo e idealismo, quer dizer, tudo que a gente vê, praticamente, em termos tanto de análise política como de análise histórica, se se pode dizer assim, como de avaliação de determinados fenômenos sociais, o fascismo, por exemplo, é encarado de um ponto de vista subjetivo, de um ponto de vista de que o importante mesmo são determinadas ideias, determinada cultura, determinada psicologia; inclusive, está muito na moda, essa análise psicológica e tudo mais, isso é uma característica de reação política, de decadência.”
“As grandes épocas históricas tiveram como ideologia, senão um materialismo acabado, pelo menos uma aproximação do materialismo, porque o materialismo é uma doutrina revolucionária, procura mostrar que os acontecimentos têm um sentido racional, sentido que pode ser entendido cientificamente. O Materialismo Histórico é o desenvolvimento mais acabado dessas concepções materialistas.”
“O Iluminismo foi materialista, mas o materialismo histórico foi a superação do Iluminismo. Qual é, em grandes traços, resumidamente, a doutrina científica do materialismo histórico? A base disso, como diz Marx em um texto muito famoso dele, a anatomia da sociedade civil deve ser encontrada na economia, o que explica o funcionamento da sociedade é a economia, a economia no sentido logicamente científico da palavra, como se formam os fatores econômicos fundamentais, as classes sociais são um elemento importantíssimo que decorre da economia. A economia é vista como um sistema contraditório, não como um sistema burocrático. Nesse sentido, a análise subjetiva é uma análise que não toca no problema fundamental, ou seja, as bases econômicas da sociedade, as classes sociais e a luta de classes; primeira questão que que a gente pode destacar.”
“A segunda questão, isso sim está em completa contradição com o pensamento de hoje, é que a sociedade humana até hoje ela teve um caráter contraditório. O que significa isso? significa que elas são sociedades de classe e que elas existiram tendo como um aspecto essencial da sua estrutura as classes sociais em luta, mas ao mesmo tempo, como são formações contraditórias, o Marxismo nunca adotou a posição, que é uma posição anarquista e subjetiva, de que o fato de que você tivesse classes sociais, opressão, exploração, que é comum a todas as sociedades na realidade, que isso impedisse que cada uma das formas sociais que existiram até hoje, vamos supor que o sistema escravista, o sistema feudal e o sistema capitalista, não fossem efetivamente formas de progresso social, de progresso histórico. Então, por exemplo, um partidário da teoria subjetiva da história diria que a escravidão foi uma abominação, é uma posição subjetiva, moral, idealista e pronto, e mais nada.”