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Liberdade para Othon

Almirante Othon continua perseguido pelos traidores do país

Pai do programa nuclear brasileiro foi um dos primeiros presos da Lava Jato, operação do imperialismo para desmontar a indústria nacional

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A criminosa Operação Lava Jato destruiu toda a indústria brasileira com o falso pretexto de combater a corrupção. O imperialismo atua em várias frentes, cooptando instituições, personalidades de direita e até de esquerda, desmobilizando a organização popular, roubando e destruindo a riqueza nacional.

Uma das primeiras vítimas desse ataque imperialista contra o Brasil foi o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, que fora injustamente preso pela criminosa Operação Lava Jato. Othon Silva é o mais importante cientista nuclear brasileiro e um dos principais responsáveis pelo nosso desenvolvimento nuclear através da tecnologia da ultracentrifugação.

Natural de Sumidouro, município do Estado do Rio de Janeiro, Othon Silva é engenheiro naval, mecânico e nuclear, vice-almirante do Corpo de Engenheiros da Marinha brasileira e chegou a presidir a Eletronuclear no primeiro mandato de Lula, em 2005. Referência na área nuclear, portador Grão-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, dentre outros títulos, Othon Silva fez mestrado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 1978. Ao retornar ao Brasil, liderou o Programa Nuclear Brasileiro de 1979 até 1994. Esse período de estudos e pesquisas resultou na tecnologia nacional de enriquecimento de urânio. Entre 1982 e 1984, quando foi diretor do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, fora vigiado pela CIA, que enviou um agente, Ray Allar, para morar vizinho ao almirante na cidade de São Paulo e assim vigiá-lo.

A corrupta Operação Lava Jato, cujo objetivo principal era roubar nossas riquezas nacionais e destruir as asas de uma potência regional que estava incomodando os Estados Unidos com uma política soberana e independente, precisava desmoralizar o partido de esquerda mais popular, o PT, e sua principal liderança, Luiz Inácio Lula da Silva. Além desse ataque na área política, era preciso ceifar toda estrutura econômica do Brasil.

O almirante Othon da Silva, organizador do programa nuclear brasileiro, conseguiu desenvolver o enriquecimento de urânio, o que permitiu ao Brasil uma independência energética extraordinária e a construção do submarino de propulsão nuclear Álvaro Alberto.

Todo esse desenvolvimento nuclear de um país pobre da América Latina era uma afronta para o imperialismo americano. A reação criminosa, com apoio da justiça e capachos da burguesia nacional, seria iminente. O vice-almirante fora preso na 16ª fase da Operação Lava jato, intitulada Operação Radioatividade, depois das delações de Dalton Avancini, um executivo da empresa Camargo Correia. Othon Silva fora acusado de ter recebido R$4,5 milhões de empreiteiras nas obras de Angra 3, que estavam paradas há mais de 23 anos.

Após essa prisão ilegal, foi novamente preso na operação Pripyat, uma continuação da operação anterior na estatal Eletrobrás. Na primeira instância, Othon Silva fora condenado com uma pena de 43 anos pelo juiz treinado pelos americanos, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. A filha do Othon Silva, Ana Cristina Toniolo, também fora presa na operação. O vice-almirante ficou encarcerado na Base de Fuzileiros Navais, em Duque de Caxias, e foi liberado após um habeas corpus de 2017 emitido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. O seu julgamento-farsa, que não provou nada, está programado para retornar ainda esse ano, mesmo depois de toda desmoralização e corrupção comprovada dessa operação criminosa e inimiga do Brasil.

Segundo Othon Silva, sua prisão obedece a interesses geopolíticos internacionais que querem impedir o Brasil de se tornar uma potência nuclear. Sua prisão foi uma perseguição programada. Após essa ação, o programa nuclear brasileiro parou. Ainda nos anos 70, o Brasil havia feito um acordo de transferência de tecnologia com a Alemanha, mas foi sabotado pelos Estados Unidos que obrigaram os alemães a retrocederem.

Para isso fora dado o Golpe de Estado de 2016, organizado através da Operação Lava Jato em 2014, com apoio dos grandes meios de comunicação, da justiça burguesa e de muitos políticos que não quiseram condenar a operação imperialista que destruiu o programa nuclear brasileiro, a indústria naval, civil e toda economia do Brasil, que oprime o brasileiro com desemprego (mais de 14 milhões de desempregados), miséria e fome.

É preciso lutar pela liberdade do almirante Othon Silva, pedir a anulação de todos os processos da criminosa Operação Lava Jato e continuar denunciando os omissos, operadores e simpatizantes dessas ações nefastas e inimigas do povo brasileiro.

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