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Mais fome

Alimentos sobem 26,54%: é preciso lutar pelo reajuste de 50%

Gasto com cesta básica já consome quase 70% do salário mínimo de fome em SP

O custo da alimentação básica das famílias trabalhadoras manteve a tendência de forte no mês de junho, conforme apontou a última Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e divulgada no último dia 6.

De acordo com o DIEESE, as maiores altas na variação mensal (maio a junho) do preço da cesta básica ocorreram nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). Já no acumulado desde junho de 2021, o encarecimento ficou entre 13,34%, medido em Vitória, e 26,54%, no Recife.

São Paulo continua sendo a cidade com maior custo para suprir o direito à alimentação, com média de R$777,01 no valor da cesta, acompanhado por Florianópolis (R$760,41), Porto Alegre (R$754,19) e Rio de Janeiro (R$ 733,14). João Pessoa (R$586,73), Salvador (R$580,82) e Aracaju (R$549,91) são as cidades mais baratas para aquisição de alimentos, embora em todas, o custo da alimentação básica seja elevado. A capital de Sergipe é a única entre as estudadas pelo DIEESE onde a cesta básica consome menos de 50% do salário mínimo: 49,05%.

Com base na cesta mais cara, que novamente foi a de São Paulo, apenas para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família (que em média agrupa quatro indivíduos) com alimentação, seriam necessários R$2.331,03. O valor refere-se ao custo para adquirir uma cesta básica a cada um dos adultos e uma para duas crianças, totalizando três para o mês.

Além da comida, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência também são despesas constitucionalmente estabelecidas para serem atendidas pelo salário mínimo. Considerando o gasto de cada um desses itens como percentuais do valor da cesta básica, o DIEESE estipula que valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família trabalhadora teria de ser R$6.527,67 em junho. Isso é 5,39 vezes maior do que o mínimo estabelecido pelo governo golpista de Jair Bolsonaro, de R$1.212,00.

Em dois anos, o preço médio da cesta básica na cidade de São Paulo aumentou mais de 42,04%. Em contrapartida, o salário mínimo aumentou míseros 15,98%. O aumento do custo de vida está promovendo uma violenta redução do valor real dos salários. Além disso, o desemprego e subemprego são usados como arma dos patrões para promover um rebaixamento geral dos salários.

O peso da alta dos alimentos para a imensa maioria da classe trabalhadora é muito maior do que o que se mostra nos índices oficiais de inflação, uma vez que 90% dos trabalhadores recebem menos de R$3.500, segundo a FGV. Mais de 33 milhões de pessoas recebem até 1 salário mínimo. Nestas condições, a maior parte dos ganhos do trabalhador destina-se à alimentação.

Segundo o IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) com dados para o primeiro trimestre de 2022, o rendimento médio real do trabalhador nos três primeiros meses do ano foi de R$2.613. Embora próximo da renda média verificada no trimestre anterior (R$2.596), ainda está 7,2% abaixo do registrado no mesmo trimestre de 2021, quando apontava R$2.817. Isso significa que no momento em que a cesta básica mais perto de estável – a da capital capixaba – subiu 13,34%, a classe trabalhadora empregada empobreceu.

A situação impõe a necessidade de que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e os sindicatos, juntamente com as demais organizações de luta dos explorados ponham em marcha uma campanha emergencial em defesa dos salários.

De imediato, é preciso levantar reivindicações centrais como um reajuste imediato de 50% de todos os salários para fazer frente ao roubo da renda do trabalhador, nem como de mecanismos de defesa diante da inflação como o reajuste automático dos salários (“gatilho”) a cada três meses ou toda vez que a inflação alcançar a marca de 3%, por exemplo.

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