Nessa semana, segundo noticiado pela imprensa burguesa, a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, pressiona por uma indicação para o Ministério da Mulher. A indicada seria Maria Helena Guarezi, ex-diretora da Itaipu Binacional, onde teria trabalhado com Janja. Caso se concretize, a indicação é um bom sinal para os explorados do país e as mulheres. Para o cargo, estavam cotadas figuras de perfil identitário, portanto performático, inócuo, sem pautas reais, do PSOL e do PCdoB. No caso, Anielle Franco, que trabalha para a Open Society e participa do Instituto Marielle Franco, o qual compõe o Washington Brazil Office, e a presidente do PCdoB, Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco.
A diretora de uma estatal e de confiança é uma figura mais fundamental que pessoas ligadas a ONGs e à política imperialista identitária. O Ministério, em 2022, teve um orçamento de R$947 milhões que, caso confirmada a indicação, ficará sob a gestão de uma pessoa de perfil nacionalista. Ainda, caso o PSOL e o PCdoB não consigam o cargo, tendem a entrar em disputa por outro ministério ou cargo visado pelos identitários.
Com o aval de Lula, Janja está ocupando os cargos com pessoas de confiança. Esse pode ser um dos motivos para os ataques à futura primeira-dama por parte da imprensa, além de ajudar a explicar a saída do PSOL do governo. Desde a última eleição, por exemplo, quando o PSOL ficou como vice de Márcio França, em São Paulo, e não como vice-governador do candidato do PT, que estavam pleiteando, o partido pode estar sentindo que não terá muito espaço no governo.
Outra caracterização da saída do PSOL é que a burguesia não apoiará minimamente o governo, e já se prepara na organização de uma etapa golpista no Brasil, apoiada pelo PSOL durante a farsa da Lava Jato.