O PSTU não se cansa de defender o imperialismo. Se existe uma campanha imperialista, lá está o PSTU para apoiar e dar a sua versão. Com essas coisas, o partido mostra uma ausência de independência política.
Em um tuíte no dia 28 de novembro, a conta oficial do partido publicou o seguinte comentário sobre a invasão de campo por um homem segurando uma bandeira do arco-íris no jogo entre Portugal e Uruguai no mesmo dia: “Sem dúvida, um dos melhores lances da Copa até agora”.
Sem dúvida, um dos melhores lances da Copa até agora
Aproveite e leia https://t.co/FEWB6vaiPQ pic.twitter.com/Kw4mryIyXV
— PSTU (@pstu) November 28, 2022
Como é possível ver, não era só a bandeira LGBT. O manifestante tinha na camiseta as frases: “Respeito às mulheres iranianas” e “salvem a Ucrânia”. Ele exibiu no braço tatuagens com o símbolo da bandeira ucraniana, inspirado na extrema-direita, e também em hebraico ─ um sinal de apoio ao regime genocida israelense? De uma só vez, o homem que invadiu o campo atacava o Irã, a Rússia e o próprio Catar, cada país um com a campanha que lhes direciona o imperialismo.
Os três países, sem nenhuma coincidência, são alvos do imperialismo no momento. O PSTU, que nos três casos tem a mesma posição do imperialismo, delirou, arrepiou-se de ver aquela cena. Tanto que, para o partido, em meio a tantas coisas interessantes acontecendo na Copa, esse foi um dos melhores lances do torneio.
Sobre isso, vale a pena uma palavra. Além da política programada do PSTU a favor do imperialismo, chama a atenção a falta de sensibilidade de um partido que se diz operário, às coisas do povo. É como quem diz assim: “vocês aí, ralé, povinho despolitizado, que se emociona com o futebol, saiba que o mais importante foi o cara com a bandeira LGBT.”
O comentário do PSTU no Twitter revela certo desprezo da pequena burguesia pelas coisas do povo.
Não fosse isso, como explicar que um protesto desse pode ser comparado ao gol de Richarlison de voleio ou à comemoração como se fosse título da Arábia Saudita e do Japão ao ganharem, respectivamente, de Argentina e Alemanha no jogo de estreia?
No jogo dessa quarta-feira entre França e Tunísia, houve outra invasão de campo, que aparentemente o PSTU achou menos importante. Uma pessoa entrou com a bandeira da Palestina.
Embora não se possa comparar com os belos e emocionantes lances do futebol, certamente, do ponto de vista político, o protesto pela Palestina tem muito valor. O primeiro deles é justamente provar que essa Copa, diferente do que o imperialismo está mostrando, é uma Copa em que os povos verdadeiramente oprimidos têm a oportunidade de aparecer. Como o palestino que se encontrou com Tite após ajudar seu neto no metrô, ganhou uma camisa autografada da “despolitizada e bolsonarista” Seleção e disse que é torcedor do Brasil.
O PSTU se emociona mais com aquilo que o imperialismo deixa ele se emocionar. O manifestante que entrou em campo com a bandeira LGBT era apenas um instrumento da propaganda imperialista. Já o PSTU acredita que realmente aquilo é um protesto a favor das mulheres e dos LGBTs. Aquilo é pura demagogia para atacar os países em questão.
O mais irônico é tratar-se de um ucraniano. Justamente ele, que vive num país dominado por fascistas, pede ajuda aos fascistas. O problema é que a primeira coisa a se fazer para ajudar a Ucrânia era retirando essa corja golpista que tomou conta do país em 2014. Nesse sentido, a Rússia está cumprindo um papel importante.
O PSTU está programado feito um robô para repetir toda a propaganda de calúnias contra os países atrasados.