Eleições: época boa, onde o filho chora e a mãe não vê… por estar comendo pastel. Quando essa grande “festa de democracia” acaba, só restam santinhos ao chão, camisetas de candidatos sendo usadas como tapete de banheiro e um forte sentimento de que alguma coisa muito ruim esta prestes a acontecer.
Para alegria de muitos e tristeza de todos, é justamente nessa época que visualizamos alguns dos fenômenos mais interessantes dessa selva que é a burocracia brasileira. Sim, ela mesma, aquela de quem já falamos anteriormente neste mesmo bat-blog, neste mesmo bat-site, neste mesmo bat-podcast — aquela que aterroriza a mente de todo cidadão brasileiro que possui uma cópia de documento, e se apavora só pela fugaz ideia de ter que autenticá-la em um… 𝕮𝖆𝖗𝖙𝖔́𝖗𝖎𝖔.
Estamos falando daquela mesma, aquela que não te deixa tirar um documento sem sua certidão de nascimento, porque, aparentemente, não basta você estar vivo e com o seu RG para comprovar que você nasceu. É aquela que faz um ser humano entrar em uma verdadeira epopeia para declarar um imposto de renda, a que habita cartórios, escritórios, ministérios, tribunas, salas de aula, poder executivo e o nosso astro do momento, e não menos importante, o Supremo Tribunal Eleitoral, popularmente conhecido como STE, lar de carecas de togas, e burocratas de quinta. É um lindo ambiente, cheio de flores, cheiro de café, ar condicionado e censura!
Este vai ser o tema do próximo programa do Podcast Pró Cultura: vamos explorar durante uma hora este mundo obscuro e aterrorizante que é o TSE, e, mais aterrorizante que isso, tentar entender e discutir o que se passa naquela enorme cabeça lisa e lustrada do presidente dessa apavorante instituição burocrata.
Um tribunal repleto de arbitrariedades, safadezas, esquemas, furos, erros e pior que tudo isso, com complexo de deus. Eles perseguem partidos operários e qualquer outro segmento que se oponha ou descumpra minimamente a sua lista de 10 mandamentos, e é no momento uma enorme pedra no sapato de qualquer partido de esquerda que tente concorrer as eleições, ou melhor de qualquer partido que se proponha a conseguir a proeza de concorrer as eleições (menos, é claro, MDB, PSDB e toda essa gentalha)
É um proeza, visto que esse, citando a famosa candidata do PCO, Lourdes Melo, o “cabeça de ovo de cabeça lustrada” tem como principal tarefa de seu mandato no TSE dificultar, ou melhor, tornar praticamente impossível a participação de partido operários e candidaturas populares nas eleições, realizando, por exemplo, a façanha de impugnar um candidato que supostamente teria sido acusado de um crime que nem para julgamento foi, quem dirá tem provas, como foi o caso do candidato a governador do PCO no Mato Grosso do Sul, Magno Souza. Mas que crime seria esse tão sério que a simples acusação já é suficiente para impugnação, o leitor deve estar se perguntado? Esse crime horrível e horripilante é nada mais, nada menos, que o suposto roubo de uma bicicleta, que teria acontecido há 20 anos.
Temos aqui que dar uma colher de chá para nosso cabeça de pirulito pop de toga, pois não foi ele que inventou a perseguição dentro da instituição, já que isso é, na verdade, uma tradição no nosso grandioso TSE. No episódio do Pró Cultura desta semana iremos contar diversas anedotas e, de certa forma, denúncias dos ocorridos, como, por exemplo: uma vez, um certo partido inteiro, o qual não iremos citar o nome, foi impugnado por não prestar contas de uma quantia absurdamente e escandalosamente grande de… 10 centavos. Definitivamente essa quantia maior que a riqueza da família real britânica foi para o bolso de algum desse comunistas safados, junto com alguns trapos, alfinetes e com certeza papeis de bala.
Mais detalhes dessa anedota, assim como várias outras, o leitor verá no próximo episódio do Podcast Pró Cultura, que ocorre todas as sextas-feiras, às 19h, no canal da Rádio Causa Operária, o qual é depois postado também no canal próprio do Pró Cultura. É importante lembrar que nós já fizemos uma primeira parte do tema burocracia, sendo o segundo, a ser transmitido no dia 16 de setembro, focado em burocracia eleitoral. Assista a primeira parte a seguir: