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A bilionária dos pobres?

A farsa Luiza Trajano: “socialista”, porém capitalista

Dona do Magazine Luiza falou em entrevista que era "socialista"

A esquerda brasileira tem uma dificuldade imensa em declarar apoio a Lula abertamente e em mobilizar o povo para sair às ruas e lutar por sua candidatura. Também apresentam uma incapacidade em se posicionar de forma firme contra os ataques da direita à liberdade de expressão – haja visto o caso Monark e muitos outros. Não são muito firmes, também, no momento em que é preciso se posicionar contra a opressão imperialista contra um país atrasado, como foi o caso do Afeganistão. No entanto, esses mesmos setores mostram uma grande habilidade quando o assunto é adular pessoas que nada têm a ver com a luta do povo e com o enfrentamento à direita.

É o caso, por exemplo, da bilionária Luiza Trajano, dona da rede de lojas Magazine Luiza. Em matéria publicada no DCM, e assinada por Pedro “Hasselman” Zambarda, é repercutida uma colocação de Trajano em que se diz “socialista”. É isso mesmo. Uma pessoa que detém em suas mãos a propriedade privada de uma rede de lojas que explora a mão de obra de cerca de 30 mil trabalhadores fez essa fala. 

A declaração dada por Trajano foi a seguinte: “Olha, se socialista é quem é a favor da igualdade social, sou socialista desde os 10 anos”. Trata-se de uma bobagem simplória e infantil. Que uma empresária visando aumentar a sua popularidade faça esse tipo de demagogia rasteira, já é esperado. No entanto, é muito negativo ver um setor da esquerda repercutindo a afirmação e taxando Luiza Trajano, uma típica empresária capitalista, como “socialista”. 

A afirmação que precede a essa de Trajano é sua admissão como feminista. Ela diz:  “Se ser feminista é ser a favor da igualdade entre homens e mulheres, sou sim”. Outra demagogia bastante incômoda. Por acaso, a exploração que ela pratica contra milhares de mulheres em suas lojas pode ser classificada como algo “feminista”? Seria isso uma espécie de “sororidade”? São perguntas dignas de serem levantadas, para que Trajano explique em uma próxima entrevista. 

Por fim, o contexto geral da afirmação que gerou manchetes nos diversos jornais da esquerda é o seguinte: “Mas temos que tomar cuidado com as palavras. Por exemplo, o termo ‘socialismo’. Um dia desses me definiram como uma ‘empresária socialista’. Olha, se socialista é quem é a favor da igualdade social, sou socialista desde os 10 anos”. Seria preciso, também, se debruçar sobre essa contradição estranha para compreendê-la. O que seria uma “empresária socialista”? Seria um paradoxo como o tão celebrado “paradoxo da tolerância”, do neoliberal Karl Popper, tão invocado por parte da esquerda para defender a censura? Trajano poderia explicar também num próximo bate-papo com algum jornalista.

Como foi dito anteriormente, o problema maior não é Luiza Trajano, uma empresária bilionária, se travestir de “socialista” para impressionar os incautos. O que é preciso destacar é o fato de que o DCM e a Revista Fórum foram dois dos veículos que mais repercutiram a sua “confissão”. Justamente, estes dois veículos foram os que tomaram o PCO como seu principal inimigo, demonstrando que se opõem com todas as forças a um grupo que defende de fato o socialismo e luta em prol dele. 

E é mais do que esperado que o artigo do DCM que trata do assunto tenha sido assinado por Pedro Zambarda. Este é o jornalista que trabalhou como “escritor fantasma” para Joice Hasselman em seu livro “Delatores”, onde ele chama Lula de “lularápio” e de “nove dedos”, Dilma de “terrorista”, os militantes do PT de “bando” e de “quadrilha”, celebra a Lava-Jato e Sergio Moro, apoiando, assim, o golpe de estado que elegeu Bolsonaro e que agora ele finge criticar no DCM. 

O dono da revista Fórum, Renato Rovai, também não fica muito atrás. Sua perseguição ao PCO começou quando militantes do partido participaram de um entrevero na Avenida Paulista que acabou por expulsar militantes do PSDB de um ato da esquerda. Após o incidente, Rovai resolveu atacar o PCO acusando-o de ter “roubado celulares”, “espancado mulheres negras” e muitos outros absurdos. 

É evidente que jornalistas com esse histórico e com essas credenciais vão agir como vendidos e auxiliar uma capitalista que participa ativamente da exploração da classe trabalhadora brasileira a limpar a sua barra. São sujeitos como eles que são escolhidos pela burguesia para fazerem o serviço sujo dentro da esquerda de atacar os setores realmente combativos e darem destaque a setores oportunistas, cujas intenções são as de confundir a população e aumentar sua capacidade de vampirizar os operários. 

Deve-se combater esse tipo de falsidade e é preciso esclarecer para a população quem são de fato os socialistas e os operários. Luiza Trajano é uma inimiga da classe operária. Ela não deve ser celebrada pela esquerda, mas sim combatida. Todo um setor dos trabalhadores enxerga nela uma “patroa” e não alguém em quem eles podem confiar. A cada dia que a esquerda se deixa levar por essa prática de tentar transformar lixo político em heróis, eles se afastam e se desmoralizam mais diante da população.

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