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Ignorância em elevado grau

A estupidez e a ignorância de Ricardo Noblat

Um dos principais porta-vozes do PIG demonstra ser um completo analfabeto sobre política internacional e os princípios marxistas ao atacar o PCO

Quando ignorância, má-fé, estupidez e mau-caratismo se unem a mistura pode resultar numa explosão de idiotices. É o que parece estar acontecendo com as diversas opiniões e análises que vemos na imprensa em relação ao conflito militar no leste europeu envolvendo a Rússia e a Ucrânia. Abstemo-nos de utilizar o termo “guerra”, por entender que não há propriamente uma “guerra” no solo ucraniano, mas tão somente uma ação militar de caráter defensivo, por parte da Rússia, na medida em que o país se encontra – há vários anos , desde o fim da chamada ‘guerra fria’ – com sua segurança e integridade territorial ameaçadas pela ofensiva político-militar do imperialismo, leia-se Estados Unidos, Europa e seu braço militar, a OTAN. 

No terreno das opiniões a respeito do conflito, a grande imprensa ocidental, de direita, se associou à Casa Branca e ao Pentágono na frente única mundial que se formou para atacar a Rússia, colocando-a perante o mundo como a nação agressora, provocadora do conflito. 

Na esteira dessa posição estão os órgãos de imprensa brasileiros e seus jornalistas que reverberam a política do imperialismo. Um dos mais destacados porta-vozes dessa política manifestou toda a sua estupidez e ignorância em matéria de política internacional. Trata-se do jornalista Ricardo Noblat, que em seu blog no portal Metrópoles, edição de 05 de março, ensaiou/tentou criticar o Partido da Causa Operária, atacando a posição do PCO, que assumiu uma postura clara e inequívoca de defesa da Rússia, contra as demais posições (incluindo as de esquerda), todas de apoio – implícito ou explícito – ao imperialismo agressor, criminoso e assassino. 

Em sua tentativa de criticar o PCO, o aprendiz de política internacional, Ricardo Noblat, sustenta que a posição do Partido da Causa Operária coincide com as do presidente impostor Jair Bolsonaro. “Eu vivi para ver juntos Bolsonaro e parte dos comunistas brasileiros”. “Extremistas da direita e da esquerda unem-se em favor da Rússia e contra a Ucrânia”, disse Noblat em seu Blog. Aqui – é preciso dizer – ignorância e má-fé se encontram. Não há nada em comum entre a nossa posição e a declaração do presidente direitista, fascistóide, e o senhor Noblat sabe muito bem disso. Bolsonaro já demonstrou à exaustão que é um serviçal dos EUA, do imperialismo, haja vista o que vem sendo feito pelo seu governo contra a economia nacional, contra a soberania do País. O Brasil votou, na reunião extraordinária da ONU, pela condenação da Rússia, se associando ao imperialismo e à OTAN. Nós, (PCO) por outro lado, defendemos e estamos ao lado da Rússia no conflito, não por razões fortuitas e/ou circunstanciais – como faz a parte da esquerda mundial – mas fundamentalmente por uma questão de princípios, porque, na qualidade de um partido político da esquerda marxista, revolucionário e socialista, estamos e estaremos ao lado dos países oprimidos sempre que estes se vêem atacados e agredidos pelo imperialismo, como é o caso da Federação Russa e seu povo, neste momento. Portanto, a tentativa em igualar o PCO a Bolsonaro é nada mais do que uma demonstração explícita de mau-caratismo, característica imanente aos canalhas de todos os matizes. 

Ricardo Noblat, com a arrogância peculiar dos ignorantes, em sua tentativa de desqualificar a posição acertada e coerente do PCO faz referência a uma matéria que publicamos em um dos nossos órgãos de imprensa, o boletim “Bandeira Vermelha”, intitulada “Fora imperialismo – Por que os trabalhadores devem apoiar a Rússia?“, edição do dia 4 de março. Ali, procuramos esclarecer e explicar, detalhadamente e com argumentos histórico-políticos, que numa guerra entre o imperialismo e um país atrasado, os trabalhadores sempre devem apoiar o país atrasado, não importando qual a característica do regime político e do governo que no momento está instalado no país. O que deve ser levado em conta não são questões de natureza abstrata (democracia, ditadura, governo autocrata, etc), mas o caráter concreto dos interesses em disputa, vale dizer, a luta em defesa dos interesses nacionais contra a dominação de tipo colonial empreendida pelo imperialismo e isso é o que está acontecendo no leste europeu neste momento. 

Rússia, potência militar imperialista?

Mais uma vez, diante das manifestações mais grotescas de estupidez e ignorância, somos obrigados a voltar a um tema que vem sendo objeto de enorme confusão. Trata-se da problemática em torno ao imperialismo, tema muito mal compreendido, embora muitos procurem opinar, sem, no entanto, terem a menor ideia do real significado.     

Em uma das passagens da sua pretensa tentativa em criticar o PCO, o blogueiro Noblat diz que “No caso, para o PCO, o país atrasado é a Rússia, embora dona do maior arsenal nuclear do mundo; é a Ucrânia que a ameaça por estar a serviço do imperialismo, um ‘consórcio da burguesia dos países desenvolvidos, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e etc.’. Quer dizer: o agressor é a Ucrânia, a vítima, a Rússia”. Vamos lá, caro leitor. Classificar a Rússia como um país imperialista é um completo e total absurdo. Vai totalmente de encontro ao que o dirigente da revolução russa e teórico de grande capacidade, Vladimir Lênin, definiu como imperialismo em seu clássico trabalho “Imperialismo, fase superior do capitalismo”. A Rússia não tem colônias, não possui grandes bancos ou grandes empresas com atuação mundial, nem tem uma influência decisiva na vida de nenhum país, com exceção de um ou outro vizinho. Por sua vez, para ficarmos em um único exemplo, as petroleiras, os bancos e outras grandes empresas imperialistas norte-americanas lançaram mão de espiões e despejaram bilhões de dólares para derrubar o governo brasileiro em 2016. A Rússia nunca fez, nem tem condições de fazer algo do tipo. Ademais, o imperialismo mantém centenas de bases militares ao redor do mundo (estima-se em 800 o número dessas bases), além de milhares de soldados estacionados em diversos países, a maioria na Europa, prontos a ameaçar e agredir a Rússia e os países que outrora compunham as ex-repúblicas soviéticas. 

Economicamente, a Rússia está muito distante de ser ou mesmo se tornar um país imperialista, nos moldes do que são hoje as principais potências ocidentais (Estados Unidos, Inglaterra, França, Japão e outros). O PIB russo chega a ser menor do que o do Brasil, daí a ideia completamente estapafúrdia de dizer que a Rússia é imperialista. O que se pode dizer é que a Rússia é uma potência regional, com um grande arsenal militar, como herança da ex-União Soviética, poderio desenvolvido e alcançado como resposta às ameaças do imperialismo contra o primeiro Estado operário do mundo, ainda que deformado pela política de “convivência pacífica” com os países capitalistas, imperialistas, implementada pelo stalinismo contra-revolucionário.   

O senhor Noblat, portanto, nada mais é do que um dos muitos ignorantes e estúpidos que vagueiam perdidos por aí, aventureiros que ficam a opinar e dar pitaco sobre questões das quais não têm a menor ideia do real significado.

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