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Embraer submissa

A Embraer adere às sanções imperialistas

A terceira maior fabricante de aviões não prestará mais os serviços de manutenção para empresas russas e pode perder mercado para quem não adota as sanções imperialistas

O Conflito na Ucrânia contra o governo do comediante neonazista Volodymyr ( Vladimir em ucraniano) Zelensky mostra a dimensão opressora do imperialismo. Uma quantidade inédita de sanções está sendo imposta a Rússia e ao seu povo. Mesmo o Brasil não está incólume a estas sanções visto que uma das principais empresas ditas como brasileiras decidiu aderir às estas sanções unilaterais.

No dia último dia 02, a Embraer informou que não continuará a prestar mais os serviços de fornecimento de peças, manutenção e suporte técnico as empresas russas de operam com suas aeronaves. O comunicado anuncia que a empresa “vem cumprir e continuará cumprindo, as sanções internacionais impostas à Rússia e certas regiões da Ucrânia”.

Desta feita, 30 aeronaves de quatro empresas não poderão contar com este suporte. Elas são as S7 Siberian Airlines com 17 aviões Embraer 170, a Pegas Fly com seis jatos Embraer 190, Sirius que operaria seis jatos executivos Embraer Legacy 600 e por fim a Premier Avia tem dois Legacy.

Cabe esclarecer que no seu voto na Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas, o Brasil deplorou a entrada das tropas russas na Ucrânia, mas foi contra o estabelecimento de sanções econômicas.

O estabelecimento destas sanções foi uma decisão autoritária dos Estados Unidos que forçou a União Europeia a adota-las igualmente. Ressaltando que 24 estados da UE estão na aliança militar transatlântica (OTAN). As mais novas são o banimento do petróleo russo nos Estados Unidos e o fechamento temporário das lojas da cadeia Mc Donalds. No momento, o povo russo esta submetido a mais de 5000 sanções ultrapassando a Síria em mais de 2000 sanções.

Atitude da Embraer mostra que mesmo não tendo sido adquirida pela empresa estadunidense Boeing, sua diretoria esta totalmente submissa ao imperialismo. Um triste fim para uma empresa que surgiu num esforço de desenvolvimento tecnológico nacional.

Criada em 1969 pela ditadura de modo absolver a mão de obra formada pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, conseguiu construir uma série de aviões de sucesso mostrando toda a capacidade do povo brasileiro.  Mesmo privatizada em 1994 e tendo lançado ações nas Bolsas de Nova Iorque e de São Paulo, ela manteve a sede no Brasil e as suas principais instalações fabris.

No final de 2018 foi proposta a sua venda para a Boeing. O governo Temer mostrando o seu patriotismo se dispôs a vender sua participação acionária, a chamada “golden share” que permite intervir em decisões estratégicas. A venda da empresa quase aconteceu, uma vez que o Tribunal de Contas da União autorizou que o Congresso se decidisse pela cessão das golden share. Entretanto  a Boeing desistiu da compra em abril de 2020. Muitos analistas econômicos previram que era o fim da empresa brasileira.

Não foi bem assim, tanto que o site Canaltech divulgou que a Embraer que lidera o mercado de aeronaves executivas leves na frente de empresas com a estadunidense Cessan e a suíça Pilatus. A terceira maior fabricante de aviões entregou 86 aviões em 2021, teve uma receita liquida de R$ 5.010,4 milhões no período, um crescimento de 26,3 % sobre o mesmo período de 2020. Ainda que tenha apresentado um prejuízo de R$ 234,2 milhões no terceiro trimestre do ano passado foi uma retração de 64% ao prejuízo em relação ao mesmo período em 2020 e no segundo trimestre de 2021 teve um lucro de R$ 438,1 milhões.

Vale relembrar que não é a primeira vez que o imperialismo prejudica o desempenho desta importante empresa brasileira. Em 2006 não pode vender Tucano para a Venezuela de Hugo Chávez, uma vez que o governo estadunidense proibiu que fossem utilizadas as peças produzidas nos EUA. Em 2012 a estória se repetiu agora em relação ao Irã. Todavia possivelmente é a primeira que sua diretoria se antecipa a uma cobrança dos representantes do imperialismo. Esta postura provavelmente vai prejudicar futuras vendas, pois a manutenção dependerá do bom humor do imperialismo.

Igualmente estados com Turquia, Irã, China e Índia não apoiam a aplicação das sanções impostas pelos Estados Unidos e por seus aliados subservientes, logo são mercados que a empresa precisara a abrir a mão para confirmar a sua submissão.

É preciso que as empresas brasileiras sejam reflexos de uma verdadeira soberania, atendendo os interesses do Brasil e do povo brasileiro e não agentes do imperialismo.

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