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Imperialismo

A diferença entre esquerda e liberalismo político

Esquerda pequeno-burguesa é captada pela política do Partido Democrata e acaba servindo ao imperialismo

Com o advento da capitulação da esquerda pequeno-burguesa frente ao movimento operário, defendendo pautas direitistas enquanto a direita sequestra suas pautas por pura demagogia, surge a necessidade de, mais uma vez, explicar o porquê alguns direitos são necessários. Outro motivo para isso são os ataques que o Partido da Causa Operária, mais uma vez, sofre por parte dessa esquerda confusa, que não está acostumada com as posições verdadeiramente revolucionárias as quais deveriam defender.

Isso acontece porque a esquerda atual é altamente alinhada com o imperialismo, se adaptando a este e ao regime político. Isso tem ligação com sua política abertamente contrarrevolucionária, a qual é formada por inserções de ideias e diretrizes por parte da direita que nada tem a ver com a esquerda e seu programa histórico.

Como visto, o principal pivô dessa situação é o identitarismo, uma ideologia que provém diretamente do imperialismo, mais especificamente dos Estados Unidos, que a exportam para todo o mundo, infiltrando a esquerda mundialmente, em especial a brasileira.

O identitarismo, por sua vez, prega determinadas políticas que seriam supostamente esquerdistas para dentro dessa esquerda, mas que, no fim das contas, não tem nada a ver com os trabalhadores — são políticas liberais, no sentido capitalista da palavra, e reacionárias.

Liberalismo político

O liberalismo político, embora seja um fenômeno da burguesia, a qual tomou o poder em diversos países do mundo, sobretudo nos Estados Unidos, em meados da virada do século XVIII para o XIX, é uma deturpação e uma degeneração da democracia liberal e dos direitos democráticos, os quais, por sua vez, tiveram sua ascensão durante o final das revoluções burguesa, com enfoque na Revolução Francesa de 1789.

A fase do liberalismo político é a qual a burguesia consolida o seu poder e, portanto, deixa de ser revolucionária, diferentemente de quando reivindicava os direitos democráticos e a democracia liberal. A classe social em questão implanta sua própria ditadura contra os demais setores da população, se opondo, particularmente, à classe operária.

Diferentemente da democracia liberal em seu estado nato, o liberalismo nega progressivamente os direitos democráticos — e é nesse ponto onde o identitarismo confunde a esquerda atual.

Os identitários se passam por democráticos e, de fato, acreditam estar fazendo alguma espécie de cruzada a favor das mulheres, dos negros, dos “LGBTQIA+”, dos gordos, dos deficientes físicos e mentais e de qualquer um que, seja lá por qual motivo, se diga diferente do “padrão imposto pelo capitalismo”, seja lá qual for este padrão.

Entretanto, ao realizarem uma cruzada contra a liberdade de expressão, a liberdade de organização e de divergências ideológicas, eles defendem ferrenhamente a repressão por parte do regime político à população, ou seja, à todos os oprimidos pelo mesmo sistema que eles se dizem contra.

Essa, diga-se de passagem, é a exata política do Partido Democrata dos EUA, um partido da principal ala do imperialismo, mas que é considerado de esquerda justamente pela sua política identitária. 

Isso, no entanto, é desmascarado ao observarmos o governo de Joe Biden. Os democratas são defensores ferrenhos do establishment, isto é, do Estado ditatorial que são os EUA contra seu próprio povo e contra os povos do mundo todo. Os democratas fazem uma defesa ferrenha dos órgãos de repressão como a CIA e o FBI, das invasões militares e dos golpes de Estado dados nos países atrasados no mundo todo.

Por se posicionar contra essa política imperialista e denunciar a farsa do identitarismo, o PCO acaba sendo tachado de direitista e até mesmo de nazista por setores da esquerda no Brasil que, por sua vez, foram engolidos pelo identitarismo, acreditando que essa é uma política democrática e de esquerda.

A esquerda

É importante ressaltar que a política da esquerda é precisamente lutar contra isso. Como dito, a pauta dos direitos democráticos vem desde as revoluções burguesas, ou seja, é uma pauta que deveria ser um dos princípios básicos de qualquer um que se proponha a ser minimamente de esquerda, ainda mais comunista.

Em paralelo a isso, também é de se esperar que a esquerda revolucionária lute contra as pautas imperialistas advindas da burguesia e que nitidamente, de maneira material, não influenciam em nada positivo na vida do trabalhador — muito pelo contrário, o prejudicam na medida que desviam a atenção dos seus reais problemas.

No Brasil, o surgimento da esquerda pequeno-burguesa que defende pautas imperialistas está intimamente ligado com o final da ditadura militar. Este fez com que a direita, que moderada para a época, pertencente ao PSDB e ao MDB fosse apoiada pela esquerda e, na história do movimento dali para frente, se infiltrasse dentro de partidos de esquerda como PT, PCdoB e PSOL, criando uma pseudo esquerda que, no fim das contas, é uma expressão dos partidos de direita do final da ditadura dentro dos partidos da esquerda.

Ao lado desses, no fim das contas, acabou por surgir a esquerda alinhada ao Partido Democrata, o que, como já comentado, é o principal disseminador das políticas imperialistas. 

É dessa situação, portanto, que surgem as confusões acerca das posições do PCO. O partido defende as liberdades democráticas enquanto o imperialismo e, portanto, o Partido Democrata e o identitarismo, defendem coisas como o desarmamento e a censura contra o “discurso de ódio”. Historicamente é possível observar que a esquerda revolucionária nunca teve essa posição — são todas políticas imperialistas disfarçadas de democracia, indo, por exemplo, no Brasil, ao extremo de apoiar a burguesia e o sistema em nome de uma suposta democracia, como é possível observar nos casos de defesa do Supremo Tribunal Federal e de Alexandre de Moraes e suas decisões.

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