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Nada para o povo

A destruição da saúde pública após dois anos de pandemia

Coronavírus acelerou ainda mais os ataques dos capitalistas às condições de vida

O legado desastroso da pandemia do coronavírus no Brasil vai muito além das centenas de milhares de vítimas fatais desta doença que devastou o País de Norte à Sul. A grande façanha dos golpistas após dois anos de pandemia foi, porém, entregar aos brasileiros a completa destruição de seu sistema de saúde pública ao mesmo tempo em que despejaram dinheiro nos cofres dos capitalistas do setor.

Dados recentes da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) apontam, inclusive, que os casos de contaminação pelo COVID-19 têm crescido exponencialmente. Apenas neste ano cerca de 2 milhões de pessoas testaram positivo para a doença ao realizarem os chamados testes rápidos ou por amostragem comercializados pelas empresas. O número é assustador.

Apenas no mês de junho, foram 349.345 infectados detectados pelos estes mesmos testes particulares. Mais do que o dobro do mês anterior que marcara 136.117 positivados. Apenas entre 27 de junho e 03 de julho mais de 200 mil pessoas se dirigiram às farmácias para se testaram por conta própria! Segundo a organização, destes testados mais de 70.000 positivaram para o vírus da Covid-19.

Já na primeira semana de julho o percentual de pessoas infectadas já ultrapassava os números de fevereiro (21 semanas) quando da detecção da variante ômicron – mais contagiosa – em território nacional.

A informação da Abrafarma evidencia de forma alarmante a grave situação do País em relação à pandemia. Nessa altura quem passou a divulgar informações sobre testagem são as farmácias particulares. O fato demonstra que muitos brasileiros – talvez a maioria – está recorrendo aos testes rápidos dessa maneira, ou seja, pagando por eles, uma vez que a testagem pública é um caos completo e nunca foi levado à serio pelo ministério da Saúde e as respectivas secretarias estaduais.

Nas grandes cidades, por exemplo, uma pessoa chega a ficar cinco horas na fila para fazer um único teste. Essa, no entanto, foi a regra durante toda a pandemia iniciada em 2020. O Estado burguês controlado pelos capitalistas não fez absolutamente nada para evitar a catástrofe sanitária, e as esparsas medidas que tomou tardiamente não surtiram nenhum benefício real para a população, mas sim em novos empreendimentos para a burguesia.

É o caso dos próprios testes rápidos transformados em fonte de barata de lucratividade para as redes de farmácia. Ao invés de adquirir ou mesmo aproveitar os cientistas e laboratórios públicos nacionais para desenvolver testes em massa, os governantes deixaram o povo se virar e hoje quem tem condições se testa e quem não tem segue a vida normalmente até sentir algum sintoma e consequentemente já ter infectado outras dezenas de pessoas.

Vejamos outro caso, o dos leitos hospitalares, ao invés de empreender medidas emergenciais de construção de novos hospitais, unidades de pronto atendimento e postos comunitários de saúde, os governos federal e dos estados passaram a alugar leitos em hospitais privados e a construir hospitais provisórios de campanha. A medida mais uma vez só serviu para encher o bolso dos grandes grupos privados da área da saúde e de seus acionistas.

Outra medida obviamente necessária seria retomar o programa Mais Médicos e dar sequência ao plano original do ministério da Educação nos governos petistas de abrir novas faculdades de medicina e formar novos médicos, medida que acabou boicotada pelo forte esquema das faculdades privadas de medicina e da burocracia.

Como saldo aos brasileiros restaram os bilhões (mal) gastos – embora muito menos do que se deveria – em ações inócuas e sem resultado a médio e longo prazo. Não obstante há agora mais pessoas doentes devido às sequelas da doença e cujo acompanhamento da evolução do quadro clinico destas deverá ser realizado por toda a vida.

Além disso, devido à crise econômica provocada artificialmente, vários trabalhadores de classe média baixa não conseguiram manter o pagamento e perderam seus já precários planos de saúde tendo que agora recorrer também ao sistema único sucateado pelos golpistas. A situação que é insustentável passa a ser agora uma bomba relógio.

O ataque à qualidade de vida da população é uma escalada do Golpe de Estado de 2016 que ao aprovar o Teto de Gastos limitou os investimentos públicos nos serviços essenciais como a saúde por 20 anos (até 2036), fechou inúmeras Farmácias Populares com distribuição de remédios gratuitos à população e agora ataca o Fundo Soberano do Pré-Sal que garantiria 25% dos lucros do petróleo nacional para serem investidos na melhoria da saúde pública do País.

A destruição do Brasil e sua inviabilização como nação soberana é um projeto dos países imperialistas, em especial dos EUA e seus grandes monopólios. Atacar a saúde pública de um país em desenvolvimento é sem dúvida uma grande medida para enfraquecer qualquer inimigo geopolítico e para isso contam com uma infinidade de serviçais que vão desde os inqualificáveis membros do Congresso Nacional, passando pelo Poder Executivo, as Forças Armadas e chegando finalmente no Judiciário, os grandes fiadores da rapinagem contra o País.

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