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Demagogia imperialista

8 anos de massacre no Donbass, e nem uma palavra da ONU

Nos últimos meses, a ONU tem feito um árduo trabalho para defender e financiar a Ucrânia no conflito contra a Rússia

Desde que foi dado o golpe na Ucrânia, uma revolução colorida planejada e conduzida pelos EUA, o mundo assistiu grupos nazistas sendo apoiados, treinados, armados e financiados pelo imperialismo. Colocaram no poder um presidente fantoche escolhido a dedo, e as milícias fascistas passaram a ter uma enorme influência no Estado ucraniano, que esmaga impunemente o povo sem que ninguém se incomode.

Nesses oito anos de golpe, os nazistas investiram contra a região do Donbass, de maioria russa. Já se pode contar pelo menos 14 mil mortos e todos os tipos de crimes foram praticados contra a população, como bombardeios indiscriminados, tortura, humilhações, execuções públicas, dentre outros. No entanto, nada disso parece ter importância para o Comitê de Direitos Humanos da ONU e muito menos para a grande imprensa, pois a Ucrânia é uma ponta de lança para o imperialismo agredir a Rússia.

Ucrânia está fazendo um genocídio no Donbass e os santos se calam

O que chama a atenção é o “silêncio” da ONU contra esse verdadeiro genocídio que vem ocorrendo no Leste da Ucrânia. Estamos no século XXI, e seria difícil de imaginar que na Europa, supostamente a porção civilizada do planeta, se permitisse que em um de seus países, pessoas pudessem ser presas por falar determinado idioma. É isso mesmo, no Donbass, as pessoas poderiam ser presas no caso de falarem russo. O idioma foi até mesmo proibido de ser ensinado nas escolas.

Quando esse tipo de coisa acontece, a primeira coisa que vem à mente das pessoas é “e a ONU?”. No imaginário popular, trata-se do órgão que cuida de todas essas mazelas no plano internacional. São os mocinhos do filme, sempre de prontidão para defender a liberdade, os direitos humanos e a Justiça.

A ONU, de fato, é um organismo internacional que, em grande medida, serve apenas para acobertar e legitimar todo os tipos de crime perpetrados pelo imperialismo. Por outro lado, age para desautorizar países que de alguma maneira contrariam os interesses de seus principais mandantes: EUA, Reino Unido e União Europeia.

Crimes continuados

Vejamos um caso importante, o de Israel. Esse país tem cometido as maiores atrocidades contra o povo palestino já vistas na história. Tomou quase todo o território do país, empurrou e confinou mais de dois milhões de pessoas em uma estreita faixa de terra que virou um gueto, uma prisão a céu aberto, um verdadeiro campo de concentração que se chama Faixa de Gaza.

Sistematicamente, Israel bombardeia esse território, agride e prende indiscriminadamente quem ousa protestar contra essa ditadura. Nem crianças escapam de serem espancadas ou presas pelas forças de repressão israelenses. E o que a ONU faz? Nada. Israel invade e toma as terras dos outros e fim da história. E o motivo é muito simples: Israel é o braço armado do imperialismo no Oriente Médio.

Ao mesmo tempo, se a Rússia promove uma operação militar na Ucrânia para proteger a população de origem russa de um verdadeiro massacre, de um genocídio, a ONU acorda de seu sono para os condenar. Sem contar que a intenção dos russos não é de ocupar ou tomar terras, mas sim de desmilitarizar e desnazificar a região. Então, qual o critério?

Na última semana, os correspondentes da Causa Operária na Rússia publicaram uma matéria que mostra a ação criminosa da Cruz Vermelha na Ucrânia, o órgão que vive pedindo doação nas redes sociais como se se tratasse de uma entidade para auxiliar vítimas de conflitos. Todavia, nas regiões que estavam sendo massacradas pelos nazistas, simplesmente fez vista grossa. Enquanto os nazistas bombardeiam civis com morteiros, mísseis e bombas de fragmentação, a Cruz Vermelha só presta socorro ao lado ucraniano.

“A Cruz Vermelha está apoiando apenas os ucranianos”

Proteção aos nazistas

Quando utilizamos o termo “nazistas”, não estamos falando de uma forma genérica de fascismo. Na Ucrânia, são nazistas que veneram suásticas. Da mesma maneira que se perseguiu judeus na Alemanha nazista, o mesmo vem ocorrendo com pessoas de origem russa em Donetsk e Lugansk, países do Donbass.

Para piorar o quadro, a ONU tem se esforçado para armar os nazistas, ou seja, não só não se trata de um organismo para combater genocídios, como está participando de um. É claro que isso nem chega a ser novidade. Genocídios como os praticados pela OTAN na Iugoslávia, no Iraque, ou como o que está acontecendo no Iêmen, uma das maiores tragédias humanitárias de que se tem notícia, aparecem na grande imprensa como a luta pela liberdade, pela democracia.

No dia 28 de abril, a Reuters publicou um tweet no reproduz a fala do secretário-geral da ONU, Jens Stoltenberg:

“A OTAN está pronta para manter seu apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia por anos, incluindo ajudar Kiev a mudar de armas da era soviética para armas e sistemas ocidentais modernos”, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg”

No Brasil, além de toda a imprensa burguesa, a esmagadora maioria da esquerda está apoiando a OTAN, os verdadeiros genocidas. É uma falência sem precedentes materializada pelo apoio da esquerda ao imperialismo.

No começo do conflito, sem se dar conta de que apenas estava repetindo aquilo que o noticiário chapa branca ditava, inúmeros grupos e intelectuais de esquerda saíram dizendo que o conflito entre Rússia e EUA se tratava de uma briga intra-imperialista, que a Rússia tinha o sonho de retomar o império dos tempos de Pedro, o Grande, de reviver uma glória soviética. Chegaram até a tratar Putin como um homem, ou melhor, oligarca, que sonha em dominar a Europa e o Mundo. Ou seja, para essa gente, o simples fato de a Rússia, um país menos industrializado que o Brasil, ser um exportador de gás e petróleo o faz um país imperialista.

A esquerda brasileira está do lado da ONU, está apoiando os nazistas. Os mesmos que queimaram em praça pública a figura de um youtuber falsamente acusado de fazer apologia ao nazismo, estão neste momento apoiando nazistas de fato, e isso precisa ser amplamente combatido e denunciado. Os trabalhadores não podem ter em suas fileiras aqueles que defendem seu pior inimigo: o imperialismo.

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