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Ditadores

25/11/1915: nascia o ditador neoliberal Augusto Pinochet

General ficaria conhecido por aplicar a política econômica dos "Chicago Boys"

Nascido em 25 de novembro de 1915, em Valparaíso, no Chile, Augusto José Ramón Pinochet Ugarte foi um dos mais sanguinários ditadores da América Latina. Filho de militar de origem francesa, ingressa na Academia Militar de Santiago aos 18 anos. Em 1940, casa-se com Lúcia Rodrigues, com quem teve cinco filhos, e chega a general-chefe do Exército em 1972.  O ditador chileno comandou o país de 1973, quando golpeou – com o apoio dos Estados Unidos – o presidente socialista Salvador Allende, até o ano de 1990. Após a deposição do governo democraticamente eleito de Allende, por decreto a Junta Militar golpista assegura o poder para Pinochet.

Seu governo foi marcado por constantes violações aos direitos humanos, com mais de 80 mil pessoas presas, 40 mil torturadas e três mil assassinadas. Na economia, o ditador implantou uma série de medidas neoliberais, privatizando toda a estrutura da seguridade social e várias empresas estatais. A decadência financeira e psicológica dos idosos hoje no Chile é consequência desses ataques de Pinochet, que contou com vários empréstimos externos, estabilizou a moeda, removeu tarifas para a indústria local, com PIB se expandindo, mas a concentração de renda e a desigualdade social foram altíssimas. As políticas econômicas neoliberais foram implantadas sob o auxílio dos economistas americanos chamados de Chicago Boys, oriundos da Universidade de Chicago, neoliberais responsáveis pelas trágicas políticas econômicas a longo prazo. Em 1982, houve uma grande depressão econômica no Chile, com 30% de queda no PIB, altas taxas de desemprego, balança comercial deficitária e protestos populares contra a ditadura, desmontando todo o falso milagre econômico propagado pelos neoliberais de Chicago (Paulo Guedes, que vem destruindo a economia brasileira, é resquício dessa escola aqui no Brasil).

Pinochet colocou vários sindicatos e partidos de esquerda na ilegalidade, perseguindo e assassinando milhares de dissidentes e lideranças populares. A Unidade Popular, que agregava vários partidos de esquerda que apoiavam o governo popular de Allende, foi duramente perseguida. Pinochet criou também uma Caravana da Morte, ação que assassinava, sob forte tortura, vários líderes da resistência. Atacou ainda a cultura, queimou livros, censurou a imprensa, controlou a justiça e se envolveu em muita corrupção. Em 1977, pelas torturas praticadas contra a população, seu governo fora condenado pela Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Para dar aparência de legalidade ao governo, realizou dois plebiscitos fajutos em 1978 e 1980. Em setembro de 1986, a Frente Patriótica Manoel Rodrigues atacou Pinochet, deixando-o ferido, em ação com cinco guarda-costas mortos e vários feridos. Em 1989, foram realizadas eleições, as quais não eram realizadas desde 1970, elegendo Patrício Aylwin. Pinochet continua tutelando o país e com o mais alto cargo das forças armadas até 1998, quando nesse ano ele criou o cargo de senador vitalício, com apoio do Congresso chileno. Renunciou apenas por questões de saúde e as graves acusações de crime aos direitos humanos.

No final do governo Pinochet, 38% da população chilena estava abaixo da linha de pobreza, sua população praticamente sem previdência pública e muito patrimônio público privatizado. A história de impunidade e ataque aos direitos humanos de Pinochet é mais uma página de vários ditadores da América Latina que deixaram seus respectivos países marcados por péssimas condições sociais, econômicas, muita impunidade e o sangue e choro de milhares de cidadãos, que derrotarão qualquer tentativa de manutenção dessas políticas que ainda não foram destruídas.

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