Hoje, dia 05 de novembro de 2022, a morte de Mário Pedrosa, um dos maiores trotskistas da história do Brasil, completa 41 anos.
Nascido no dia 25 de abril de 1900, em Timbaúba, Pernambuco, Mário foi um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Entretanto, rompeu com o partido em 1928 ao lado de Benjamin Péret e João Jorge Costa Pimenta em decorrência do domínio que o estalinismo adquiriu sobre a legenda.
Mais tarde, em 1931, fundou, ao lado dos companheiros citados, a Liga Comunista Internacionalista, organização trotskista de oposição à política reacionária do PCB da época.
Cabe destacar que, em 1934, Pedrosa, ao lado de João Pimenta, pressionaram o PCB paulista para que, ao contrário do que orientava a direção estalinista do partido, combatesse os fascistas na cidade. Desobedecendo as ordens de Moscou, essa ala da legenda organizou, ao lado dos trotskistas, o episódio que ficou conhecido como a Revoada das Galinhas Verdes.
Mais tarde, em 1938, quando Stálin já havia se declarado ditador da União Soviética e expurgado Trótski, Mário participou do Congresso de Fundação da Quarta Internacional representando todas as seções da Oposição de Esquerda na América Latina, incluindo a própria Liga Comunista. Com o pseudônimo de Lebrun, foi eleito para o Comitê Executivo Internacional da IV Internacional.
Quando voltou ao Brasil, fundou o jornal Vanguarda Socialista. Mário sempre foi um grande defensor e amante da arte e da cultura, tendo escrito em diversos jornais da imprensa burguesa acerca do assunto. Em 1945, publicou em português, em seu jornal, o Manifesto por uma Arte Revolucionária e Independente (1938) de autoria de Leon Trótski e André Breton.
Como militante comunista, Mário sempre foi inimigo dos regimes fascistas que ocorreram no Brasil durante a sua vida, a saber, o Estado Novo e a Ditadura Militar de 1964. Após retornar de seu segundo exílio, que ocorreu entre 1970 e 1977, Pedrosa iniciou uma campanha pela criação de um partido socialista no Brasil. Ele publicou uma carta endereçada à Lula, denominada Carta a um operário, no qual colocava na ordem do dia a criação do Partido dos Trabalhadores. Mais tarde, em 1980, participou da fundação do PT.
Em 5 de novembro de 1981, aos 81 anos, Pedro morreu durante a madrugada após um período no qual foi acometido por um câncer. Ele foi enterrado no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro.