O PCO, mantendo sua tradição de formação teórica, está promovendo mais um curso na Universidade de Férias, atividade que já acontece há mais de vinte anos!
Este curso, Democracia, Revolução e Socialismo, estava planejado para dez aulas com a duração de três horas cada. No entanto, a possibilidade de aulas sobressalentes já estavam previstas porque esse modelo de curso é muito fluido, são feitas várias perguntas pelos participantes e, dependendo das situações que se apresentem, algumas exposições podem ser refeitas para que dessa maneira todas as lacunas sejam preenchidas e não restem dúvidas.
Democracia, Revolução e Socialismo
Esse tema foi escolhido porque a experiência política no Brasil tem mostrado que esse é um assunto que, apesar de fundamental, está longe de ser simples e bem compreendido. As eleições de 2014 e o golpe de Estado têm nos colocado o problema do que seja a democracia. Diante dos ataques que as forças reacionárias desferiram contra um governo eleito democraticamente, ficou claro que a esquerda deveria sair em sua defesa, apesar de que o PCO não enxerga o regime democrático burguês como um fim em si mesmo. Como partido revolucionário tem como meta a instauração de um governo do proletariado, mas considera que, no caminho da revolução, a luta pelos direitos democráticos da população ante as ameaças da direita, da extrema-direita e do fascismo é uma questão-chave.
A esquerda, embora parecesse óbvio, não se unificou de conjunto na luta contra o golpe, muitos grupos sequer reconheceram que se tratava de um! Houve ainda setores que apoiaram os desmandos da Operação Lava Jato, e uma outra grande parcela foi incapaz de reconhecer as digitais do imperialismo orquestrando todo esse processo.
Imperialismo x nacionalismo
O curso detalha o funcionamento do imperialismo e a importância de combatê-lo. A luta pela independência nacional e sua soberania, a constituição de uma nação, é uma tarefa que tem de ser cumprida pela revolução democrática, não pelo socialismo. A incompreensão desse tema levou a esmagadora maioria da esquerda pequeno-burguesa a cometer um erro grosseiro: o de ficar ao lado do imperialismo contra um país oprimido, o Afeganistão. Presa no moralismo e em questões laterais, a esquerda ‘bem-pensante’ diz não poder defender um grupo fundamentalista religioso que não respeita o direito das mulheres. Olhando por esse ângulo, durante vinte anos de ocupação imperialista, a pobreza saltou de 30 para 70% da população afegã, o que inclui mulheres. Onde está o respeito? Nenhum regime pode ser pior que a dominação imperialista.
Ainda dá tempo!
Todos aqueles que quiserem podem ainda se inscrever, as aulas são gravadas e ficam à disposição para serem assistidas. Inscreva-se, sua contribuição é importante. Lembramos que cem bolsas de estudos foram disponibilizadas para os alunos do movimento popular que não tinham condições de pagar. Além do conteúdo do curso, os alunos terão acesso à Biblioteca Socialista e a Enciclopédia Marxista, um grande acervo que o Partido está formando com textos essenciais para todos aqueles que querem compreender a política, o marxismo, e se engajar na luta pela construção de um mundo unificado, sem divisão de classes e livre da opressão.