O prefeito da capital do estado do Ceará, Sarto Nogueira (PDT), anunciou na cerimônia de posse do mandato que a “reforma” da previdência é prioridade e que as aulas presenciais serão retomadas. O candidato de Ciro Gomes, que teve apoio Boulos e PSOL, em seu primeiro dia de governo na cidade de Fortaleza, defendeu a retomada da economia às custas de um duro ataque aos direitos dos servidores do município e da vida da população em meio a pandemia da COVID-19.
O pronunciamento de Sarto deixa transparente o caráter da política da frente ampla, estes setores como PDT e PSB, que demagogicamente se apresentam como esquerda, tem como objetivo atender os interesses da burguesia. Élcio Batista (PSB), vice-prefeito, disse que o prefeito anterior, Roberto Cláudio (PDT), iniciou as discussões sobre as reformas, mas que foram interrompidas devido a paralisação dos policiais militares do ano passado.
A “reforma” da previdência dos servidores municipais é um ataque contra as condições de vida de milhares trabalhadores e suas famílias. A esquerda burguesa demonstra de forma acabada que sua política não difere em nada da política da direita, a conta da crise econômica gerada pelos capitalistas recai sempre sobre os trabalhadores. É preciso denunciar essa política criminosa e organizar os servidores contra este brutal ataque, bem como a reforma administrativa.
O retorno das aulas presenciais, no momento em que os números de contágio do coronavírus dispara e que as mortes superam 1.000 pessoas por dias consecutivos no país, revela que não somente não há diferença entre a extrema-direita de Bolsonaro e a direita “científica” como também não há diferença com estes setores da esquerda burguesa. É um crime colocar a juventude nas escolas e universidades para se infectarem com coronavírus e condenar suas famílias. A população e profissionais da educação não podem permitir essa política genocida.
A política do PDT e PSB é um exemplo da política do mal menor, a política de conciliação tão criticada pelo PSOL e apoiada por Guilherme Boulos. O candidato de Ciro Gomes, que também teve apoio do governador do PT Camilo Santana, aplica uma política totalmente direitista. Esse é o retrato da política de frente ampla, uma política sem princípios e a reboque da burguesia. A esquerda e os trabalhadores devem se organizar de maneira independente contra ataques à previdência, contra política genocida, pelo Fora Bolsonaro e Lula Presidente.