Há meio século, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), grupo mais letal e fascista da PM, vem tocando o terror na cidade de São Paulo, sobretudo contra a população mais oprimida, num nível de barbaridade semelhante à praticada pela SS (Schutzstaffel em alemão), polícia do terror nazista que praticava todo o tipo de violência para proteger Hitler e outros líderes do nazismo.
No dia 3 de setembro, imagens revelaram que a polícia de João Doria (PSDB), o político “científico”, “civilizado”, o dançarino bolsonarista que quer tirar Bolsonaro do poder, pegou um ferido enrolado num pano como se fosse um saco de lixo e jogou-o no porta-malas da viatura junto a um homem baleado. A cena ocorreu com cerca de seis policiais na Rua do Cruzeiro, comunidade de Areião, periferia de São Bernardo do Campo (na Grande São Paulo), às 12h30.
O homem tratado como lixo pela SS de Doria chama-se Cléber, com faixa etária de 25 anos. Foi assassinato nesse dia.
As cenas deixaram os moradores indignados. Uma testemunha que filmou a ação gritou para os policiais: ‘Vocês vão terminar de matar ele mesmo?’
Segundo o Presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Ariel de Castro Alves, “PMs podem ter ‘socorrido’ o cadáver para atrapalhar a investigação”.
A Secretaria de Segurança Pública, sempre disposta a acobertar as corriqueiras barbaridades da Rota, em nota, disse que os policiais foram ao local após receber denúncia de tráfico de drogas e que os policiais
“foram recebidos pelo suspeito com a arma apontada para os PMs”.
A versão da Secretaria como sempre é desmentida pela própria população que presenciou a violência.
“O que a gente soube é que ele estava dormindo e a polícia atirou nele na frente da filha pequena”, disse uma moradora da região que, para não sofrer represálias da tropa, não quis se identificar.
Descumprimento da Lei
Os policiais desrespeitaram a resolução 05, de 7 de janeiro de 2013, pela qual é proibido que policiais socorram feridos, que devem ser atendidos ou resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Para Ariel de Castro Alves, que além de presidir o Tortura Nunca Mais é especialista em segurança pública,
“As imagens mostram que eles carregam o corpo como se fosse um saco de lixo. Se estivessem socorrendo não teriam transportado daquela forma, mas manteriam ele com a coluna reta. Pelo visto, já sabiam que a pessoa estava morta e retiraram para não preservar o local do crime e dificultar as apurações da Polícia Civil, da Corregedoria da PM e a atuação dos peritos”.
Eliseu Lopes, ouvidor das Polícias de São Paulo, outro órgão dominado pelos fascistas que cometem esses crimes diários, encontrou uma velha desculpa que nenhuma criança de 5 anos acredita: “A indicação padrão é para que seja acionado o Samu para atendimento no local. No entanto, não havia unidade do Samu na área, havendo necessidade de transporte direto”.
Essas e outras ações praticadas pelos fascistas de Doria expõem a impotência dos órgãos de direitos humanos e o cinismo das ouvidorias dominadas por capachos da burguesia, a quem as Polícias servem.
Joao Doria, o político das máscaras, que agora veste a de identitário, anti-bolsonaro, segue fazendo vistas grossas a essas barbaridades cometidas pela Rota, um grupo estatal de extermínio, que tira vidas diariamente, levando mais instabilidade e insegurança para as comunidades.
Que a população se organize o quanto antes em comitês de autodefesa, denunciem todos os atos de violência e tortura desses órgãos de extermínio e mobilizem o povo pelo fim das polícias.
A segurança pública deve ser feita e organizada pela própria comunidade. Para que esse projeto se concretize é preciso pedir o fim da Polícia Militar, já!