A imprensa partidária está já em meio a um salto em quantidade e qualidade, multiplicando seus canais nas plataformas online para buscar superar a censura imposta pela burguesia, renovando as estruturas partidárias já existentes, e utilizando esse movimento como forma de intensificar a organização do Partido. Sendo o Partido da Causa Operária aquele com a maior imprensa própria no país, com nossas várias frentes de cobertura jornalística, análise, entretenimento e criação de conteúdo em geral, em nossa TV 24 horas, nosso semanário impresso e nosso diário na internet, muitos se surpreendem e se interessam em entender como organizamos e movimentamos esses projetos, para responder a estas perguntas estamos inaugurando a série “Quem faz a imprensa do Partido funcionar?”. O objetivo também é fomentar a participação de todos os filiados e simpatizantes que têm interesse em contribuir com esses órgãos fundamentais da guerra ideológica na luta de classes. Nossa primeira reportagem começa com a pioneira Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), coletivo de juventude do PCO. Além do Diário Causa Operária, que foi quem de fato inaugurou a primeira Comissão Editorial própria, a qual apresentaremos na próxima edição, a AJR foi a segunda, e primeira entre as organizações que não fazem parte do aparato tradicional de imprensa do partido, a criar uma comissão parecida, com a criação da Secretaria de Agitação e Propaganda da Juventude e da Comissão Editorial da AJR.
Para explicar de onde veio essa iniciativa conversamos com o companheiro Vinícius, que participa da comissão editorial, de modo a aprofundar o tema e trazer as questões específicas, o companheiro fez um breve retrospecto da organização, nos trazendo o que essa iniciativa mudou na imprensa da AJR e os planos para o futuro mais imediato:
“A juventude sempre foi um dos setores mais mobilizados e combativos pela sua própria natureza, os jovens ainda não têm fortes ligações e amarras com as instituições conservadoras da sociedade; por isso a AJR teve mais facilidade e necessidade do que os outros coletivos na implementação de uma comissão própria. Tivemos a iniciativa antes de ser colocado uma necessidade para imprensa partidária. Começamos fazendo uma organização geral de agitação e propaganda da AJR, a Secretaria de Agitação e Propaganda da Juventude, que vai além da comissão editorial. Ela ficou incumbida de usar todas as ferramentas de agitação e propaganda, redes sociais, memes, cards, revista, boletins, convocações por vídeo etc. Mais propriamente na questão do jornal, ficou responsável por fazer matérias para contribuir com o DCO e o JCO, além de fazer a pauta do programa Juventude Revolucionária na COTV. Nas reuniões semanais se dava a discussão sobre essas 3 importantes formas de imprensa: os jornais impresso, digital e o telejornal, e fazíamos além da revista Juventude Revolucionária, ou seja, temos 4 ferramentas de imprensa que eram discutidas nessa reunião, mais ampla inclusive que uma reunião editorial. Agora que o partido tem várias comissões editoriais estamos entrando nesse modelo, mas a reunião continua sendo mais ampla.”
O camarada ainda colocou que o desenvolvimento do coletivo e da imprensa da juventude partidária se deu de forma pioneira dentro do Partido e serviu de exemplo para os outros coletivos e para a formação e estruturação das comissões editoriais. A AJR tem focado seu arsenal nos problemas mais candentes da juventude brasileira causados pelo golpe de Estado e pela situação de decadência geral do capitalismo, causando a falência dos modelos educacional e econômico voltados para a juventude . São problemas que vão desde a militarização das escolas, a volta às aulas em meio a pandemia, até questões mais gerais da classe trabalhadora que acabam por incidir mais fortemente sobre este setor social, tal como o desemprego, a precarização do trabalho. Esse problemas são abordados de maneira mais profunda e teórica na revista Juventude Revolucionária:
“A revista da AJR é toda feita pela juventude, nunca precisou sair da AJR para ser produzida. A juventude pauta a revista, faz a edição, escreve, diagrama. Tivemos algumas dificuldades por causa do covid-19, mas de certa forma a revista continua, lançamos a versão digital e agora planejamos voltar a lançar as edições físicas, com o projeto de que seja mensal.”
O companheiro Vinícius fez ainda indicações sobre a estrutura organizativa e os planos de expansão partidários, na forma em que incidem sobre a imprensa, o trabalho geral, as demandas e a organização geral do coletivo:
“A Secretaria de Agitação e Propaganda da Juventude faz reuniões semanais e acontece já há um ano. Ela tem o objetivo de fazer toda a agitação e propaganda da juventude, e organizar as atividades, como as redes sociais e seu funcionamento, o site da AJR, o canal da AJR, que estão para ser ampliados com mais programas, matérias, etc.”
O novo plano de expansão da imprensa do partido já está em marcha, novos canais para os coletivos que possuem apenas um programa no momento na Causa Operária TV, por exemplo, já estão sendo criados. As comissões editoriais já organizam as novidades, e a equipe da imprensa partidária tem sido ampliada e reforçada para garantir esse feito. Todos os companheiros interessados em fazer parte dessa nova fase da imprensa operária no Brasil, entrem em contato o quanto antes para compor o quadro e construir os melhores e mais importantes jornais, programas e materiais da esquerda nacional, ampliando nossas campanhas pela construção do partido revolucionário, e rumo à derrubada do Estado burguês.