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PSOL vota contra a greve dos professores em São Paulo

Os "radicais" do PSOL contra a greve dos professores

O maior sindicato do País, o Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) realizou, no último dia 05, assembleias regionais, ainda que de maneira inteiramente virtual, para discutir a política criminosa do governo do Estado, do fascista João Doria, de reabertura das escolas sem vacina e sem o fim da pandemia. O governo, por sua vez, realiza essa política no momento de recrudescimento da pandemia, em que o Estado de São Paulo contabiliza mais de 50 mil mortos e mais de 200 mil vidas foram ceifadas em todo o País. Não há outra denominação para a política do governo que não seja genocida.

As assembleias regionais, que reuniram centenas de professores, no conjunto milhares de educadores participaram e deliberaram, decidiram lutar contra o crime da volta às aulas sem vacina e sem o fim da pandemia; foi aprovada greve da categoria contra a abertura das escolas. As assembleias e também outros fóruns da Educação registraram fato curioso, mas não de maneira surpreendente. Um setor do PSOL se colocou contra a greve e nesse sentido realizou, objetivamente, uma frente única com a política do governador genocida, o tucano João Doria.

O grupo Resistência, hoje uma corrente do PSOL, se colocou nas assembleias em que participou contra a proposta de greve da categoria contra a abertura das escolas, defendida pela Corrente Educadores em Luta (PCO), e que teve grande aceitação na categoria. Diante da tendência de radicalização, o Resistência apresentou, não sem muita demagogia e fraseologia aparentemente radical, de diversas maneiras, sua contrariedade à proposta de greve, ou seja, sua política reacionária e pró-Doria.

Em algumas assembleias, os psolistas propuseram decidir pela greve apenas no próximo dia 12/02, o que colocaria em risco funcionários, professores, estudantes, pais e comunidade escolar, uma vez que o retorno foi marcado pelo governo para hoje (08). Essa proposta é sem dúvida uma capitulação e um chamado à capitulação, sem contar o caráter criminoso.

Também na Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), o Resistência e ainda outros grupos ligados ao PSOL, se colocaram contra a greve geral da categoria, proposta pela Corrente Educadores em Luta (PCO). O PSOL propôs uma greve somente para as calendas gregas, uma tentativa de ganhar tempo.

O grupo Resistência tem um histórico direitista e sua posição de maneira alguma surpreende. A maioria dos membros desse grupo é de ex-militantes do PSTU (como o historiador Valério Arcary), partido que mais acabadamente refletiu a política do imperialismo dentro da esquerda, e apoiaram abertamente o golpe de Estado, com o Fora Dilma, Fora todos!

Dentro da APEOESP fazem parte da ala mais reacionária da diretoria do sindicato, impedindo a mobilização real dos trabalhadores, sempre com o uso de pomposa fraseologia revolucionária, fraseologia essa que existe para esconder sua posição à direita da ala majoritária da diretoria do sindicato.

De maneira alguma trata-se de uma posição isolada dentro do PSOL, mas expressa o modus operandi deste partido; uma política direitista, oportunista, quando não reacionária, encoberta de muita fraseologia radical, enrolação e caricaturas de análises de conjuntura.

Dentro do sindicato se disfarçam de “oposição” à da ala majoritária, quando na verdade há 25 anos na diretoria do sindicato se colocam ainda à direita da atual direção que dizem combater, estiveram sempre na linha de frente da desmobilização da categoria, sempre disfarçados. Assim como fazem agora num momento crucial em que qualquer, não digamos apenas dirigentes, mas militante de base politizado tem o dever de se colocar na luta contra a política genocida do governo e trabalhar por essa luta.

Na política geral, o PSOL adota também esse modus operandi; se disfarçam de radicais, quando são moderados e mesmo direitistas. No vergonhoso caso das eleições da Câmara Federal, o PSOL lançou candidato próprio, quando o restante da esquerda parlamentar apoiava o candidato da direita: a manobra era um disfarce para enganar a base, não se colocou na defesa dos interesses populares, não denunciou o meretrício da casa, nada! Esperavam ansiosos o momento do segundo turno para se juntar ao bloco direitista ao qual estava acoplado o restante da esquerda, alguns muito ávidos de participar do bloco e tentar a sorte de conquistar um cargo, criticaram a candidatura do próprio partido, o que deu lugar a um dos momentos mais horrorosos da política de esquerda no País, a mútua acusação de fisiologismo dos dois blocos do partido.

Muitos outros exemplos poderiam ser elencados desta forma de fazer política, que é uma forma de a pequena burguesia esquerdista, diante de sua fraqueza social, aproximar-se demagogicamente das bases da categoria, mas sem nunca se comprometer com os interesses vitais dos trabalhadores. Assim defendem seus interesses materiais de pequenos burocratas, contra os interesses dos trabalhadores, procurando, no entanto, aparecer como grandes lutadores. Desmascarar esses elementos reacionários e sua política reacionária é também um meio de abrir caminho à luta.

À greve companheiros, abaixo a política genocida!

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