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Infiltração direitista

Político golpista em ato da esquerda: uma profissão de alto risco

Contra o interesse do povo, esquerda manobra para infiltrar a direita nos atos.

Os atos do próximo dia 02/10 deveriam servir para que a esquerda liderasse os trabalhadores no combate ao conjunto da direita golpista, que quer esfolar o povo em benefício dos parasitários capitalistas. O governo Bolsonaro, obviamente, está no centro da demanda, pois é o governo de plantão, mas toda a direita é igualmente inimiga dos trabalhadores e o papel da esquerda é expor amplamente esse fato.

No entanto, a maior parte das direções da esquerda se presta a um papel deplorável e perigoso: infiltrar cavalos de Troia da direita nos atos da esquerda. Quem lidera a iniciativa são setores aberta ou veladamente antipetistas das direções do PCdoB e do PSOL, porém de maneira quase surreal uma parte do PT apoia e fortalece essa manobra. Enquanto Lula permanece fora dos atos, contrariando a demanda popular, o resto da esquerda pequeno burguesa e agora até a direita usa as manifestações como palanque eleitoral para 2022. A mesma direita que vota praticamente tudo em harmonia com o governo Bolsonaro e que tenta emplacar um candidato que vai aprofundar os ataques do atual governo a partir de 2023.

Os parlamentares da esquerda se unificaram a direitistas em 15 de setembro para deliberar por fora da organização já estabelecida da campanha Fora Bolsonaro. Só com uma manobra dessas para aprovar a incorporação “oficial” de partidos como PDT, PSB, PV e Solidariedade, por exemplo. Os convites aos canalhas do PSDB, principais articulistas do golpe de 2016, abundam nas redes sociais de figuras da esquerda, como o presidente do PSOL. Por sua vez, João Pedro Stedile, do MST, publicou “espero que a turma dos tucanos também participe”.

O vale tudo dos crackeiros eleitorais

O carreirismo desenfreado da esquerda pequeno-burguesa é o combustível para toda a sorte de atitudes inconsequentes, fazendo jus ao apelido de “crackeiros eleitorais”, um impulso irracional para atender interesses particulares. Os trabalhadores, por outro lado, não se beneficiam em nada dessa orgia parlamentar transplantada para as ruas e, independentemente do que os militantes do PCO pensem, não tendem a lidar passivamente com essa infiltração da direita. É razoável esperar que os professores da rede estadual não se incomodem com a participação de políticos que organizam o desmonte do ensino público e a repressão violenta às suas greves há décadas?

A esquerda quer simplesmente enfiar goela abaixo a participação da direita golpista em atos organizados para combater um conjunto de políticas antipopulares, que são apoiadas institucionalmente por essa direita. Diante da privatização dos correios, da reforma administrativa, entre outras, os trabalhadores deveriam aceitar bovinamente a incorporação dos seus algozes nas suas próprias trincheiras. Caberia aqui evocar o lendário Garrincha em 1958, que após as orientações do técnico Vicente Feola antes do jogo contra a União Soviética questionou: “mas o senhor combinou com os russos?”.

Abutres, tucanos e tudo mais

Após participar dos atos do MBL em 12 de setembro, o abutre Ciro Gomes anunciou uma verdadeira maratona do dia 02. De manhã estará no Rio de Janeiro e voa para discursar em São Paulo à tarde, nada mais típico para um carreirista do alto escalão da política em plena campanha eleitoral. O principal político do PDT atual vem intensificando seus ataques a Lula e ao PT, batendo na tecla gasta da “corrupção” petista, que foi impulsionada pela burguesia nacional e internacional para derrubar o governo Dilma. A militância aguerrida do PT, que lutou contra o golpe, contra a prisão de Lula e por sua libertação, vai aceitar de cabeça baixa essa desmoralização? É uma aposta arriscada.

O presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo, Fernando Alfredo, anunciou que os tucanos estarão no ato. No dia 3 de julho, pessoas foram contratadas para empunhar materiais da campanha eleitoral do ex prefeito Bruno Covas, que havia falecido há pouco. Pouco a pouco e com a ajuda da esquerda, os golpistas tomam de assalto os atos Fora Bolsonaro.

Para facilitar a vida da direita, grupos de esquerda desestimulam ainda mais o uso da cor tradicional da esquerda, que carrega uma longa tradição de luta dos trabalhadores em todo o mundo, o vermelho. Para o ato deste sábado (02), já encomendaram ato ecumênico, tentaram barrar os materiais de apoio à candidatura de Lula Presidente 2022 e programaram um encerramento ao som do hino nacional, ao melhor estilo bolsonarista. Quanto mais vazia de conteúdo político, melhor para os nossos inimigos. Só precisa combinar com o povo que estará na rua.

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