Policiais militares são os responsáveis pelo assassinato o líder indígena Isac Tembé, ele tinha 24 anos e foi alvejado pelos tiros disparados por uma milícia rural da qual participam policiais militares.
No caso uma equipe formada exclusivamente de policiais militares que executou a ação, mas que foram acionados por fazendeiros que tem fazenda nos limites da reserva indígena.
Membros do grupo que caçava as margens do limite da fazenda relataram que o grupo foi surpreendido por tiros, tentaram então correr para mata mas Isac não conseguiu se esconder e foi morto, os indígenas informaram que a própria polícia militar recolheu o corpo e levaram para a Unidade de Saúde de Capitão Poço.
A própria corregedoria da policia militar do estado do Pará já investigava a participação de vários de seus soldados na milícia rural provavelmente financiada por diversos interesses da burguesia local.
Segundo a Secretaria de Estado de segurança pública os policiais militares foram acionados para investigar roubo de gado na região, ao chegar ao local disseram que ouviram tiros e agiram em legítima defesa alvejando um dos membros do grupo cujo os outros membros conseguiram fugir.
Como se vê a versão contada pelos policiais militares cai como uma luva para se safarem da acusação de assassinato.
Corrobora ainda o fato de que além dos policiais os juízes são controlados e pagos pelos empresários que tem os seus negócios escusos na região e que como diversos outros casos os assassinos irão sair sem nenhuma punição.
Não por coincidência Isac era uma das lideranças do povo Tenetehara habitantes da Terra Indígena do Alto Rio Guamá, município de Santa Luzia, no nordeste paraense.
A terra indígena sofre a pressão de grileiros, posseiros, fazendeiros e empresas mineradoras cujo interesse é expulsar os índios e acabar com a reserva indígena.
Existem 8 processos minerarias na terra indígena para exploração de ouro, e dados mostram que 70% da madeira que sai da floresta amazônica é ilegal, daí vem a truculência contra os índios e o principal interesse em desalojá-los .
Diversos órgãos de defesa dos direitos humanos que atual no Pará foram acionados inclusive o MPF, mas como sabemos sempre são, e a julgar pela qualidade moral dos procuradores tomando como base a força tarefa de Curitiba é previsível que as ações vão ficar no âmbito burocrático.