Nesta sexta-feira, dia 1 de outubro, o trabalhador Bruno Leonardo Vidal de Almeida foi assassinado pela PM do Rio de Janeiro. O crime ocorreu por volta das seis horas da manhã, na comunidade conhecida como Conjunto dos Correios, em Tomás Coelho, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
O pretexto foi o de que, na ocasião, iniciava-se mais uma das operações de suposto combate e repressão a roubos de automóveis na localidade.
A Polícia Militar declarou que, além de Bruno, um suposto suspeito também foi baleado e morto. A alegação oficial é a de que na operação, junto ao indivíduo igualmente assassinado, fora apreendido uma pistola. Por outro lado, também há a informação de que um policial fora baleado no pé. Porém, este foi levado para ser atendido no hospital Salgado Filho.
Quanto ao trabalhador assassinado pela polícia, sua saga fora a seguinte: sendo pai de dois filhos, um de onze anos e outro de dezoito, Bruno tentou ganhar a vida como motorista de aplicativo durante algum tempo. Porém, faz dois meses que recebeu a indicação de um amigo próximo para trabalhar como frentista num posto de gasolina da região. Assim, no instante em que estava saindo de casa rumo ao novo trabalho, logo que entrou em seu carro, foi baleado e faleceu no local.
Relatos de moradores da comunidade dão conta de que o tiroteio começou antes das seis horas da manhã. Segundo a própria Polícia Militar, blindados e outros veículos também foram utilizados na operação. Ou seja, a conhecida truculência de sempre. Mas com os resultados de todos os dias: a morte de um trabalhador pobre.
Leonardo Cunha era amigo de Bruno há mais de dez anos. Também era funcionário do mesmo posto de gasolina onde Bruno passou a trabalhar recentemente. Inclusive, foi ele quem o indicou para aquele trabalho.
“Mais um pai de família que não voltará para casa”, declarou Leonardo lamentando-se pela perda do amigo. “A gente vai ter de aprender a conviver com isso. a falta dele”.
Este nefasto episódio ocorrido em Tomás Coelho serve apenas para provar mais uma vez que a Polícia Militar é um organismo assassino. Uma corporação criada exclusivamente para esmagar a classe trabalhadora e os mais pobres. Jamais serviu para proteger quem quer que seja, mas para esmagar o povo sem dó e sem piedade.
Em relação ao extermínio da população, a luta da classe operária deve ser pelo fim da Polícia Militar e de todas as polícias. Pela criação de comitês de autodefesa e pelo fim do massacre da população negra, pobre e trabalhadora!