O Ex-Ministro da Saúde Eduardo Pazuello participou ontem da passeata promovida por Jair Bolsonaro, atual presidente da república, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Acontece que a presença do ex-ministro na manifestação acabou por criar um constrangimento dentro das forças armadas. Isso porque Pazuello é general de divisão da ativa e como, todo militar da ativa, está proibido pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército de participar de manifestações coletivas de caráter político.
Segundo o jornal Estadão,
Na quarta-feira, dia 19, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara que os militares da reserva podem participar de manifestações, ao contrário dos que estão na ativa. “Os da ativa não podem e serão devidamente punidos se aparecerem em manifestações políticas”.
O medo no exército é que, se Pazuello ficar impune, os comandantes de unidades perdem a autoridade para punir, eventualmente, sargentos ou tenentes que resolvam seguir o exemplo do general, inclusive os que resolverem participar de atos políticos de partidos de oposição.