Dados sobre o número de demissões de professores, divulgado pelo Sindicato dos Professores de Escolas Particulares da DF (Sinproep), revelam para que está voltado o “ensino” nas escolas particulares no Distrito Federal: única e exclusivamente, para a obtenção do lucro.
Desde o início da pandemia do coronavírus, 4.280 professores, da rede privada, foram jogados no olho da rua, o que representa que 10 professores perderam o seu emprego a cada 24h durante o período entre fevereiro de 2020 e 1º de maio de 2021. Os patrões fazem isso justamente no momento em que os trabalhadores e suas famílias mais necessitam, devido ao agravamento da crise capitalistas por conta da pandemia do covid-19.
Mas, a política de terra arrasada dos tubarões do ensino contra os trabalhadores, não fica restrito ao período da pandemia; os mesmos dados divulgados pelo Sinproep mostram que, antes da pandemia do coronavírus, no período 1º de fevereiro de 2019 a 31 de janeiro de 2020, os patrões demitiram 4.035 professores e, que a política de demissões é sem dúvida parte dos recursos utilizados pelos patrões com objetivo fundamental do aumento dos seus lucros.
A estratégia é demitir aquele funcionário mais antigo, que percebe um salário um pouco melhor, por novos funcionários ganhando bem menos. Mas, agora, em tempos de pandemia e, com a agudizarão da crise econômica mundial, os empresários das escolas partiram para uma nova ofensiva reacionária. Além das demissões os professores viram os seus vencimentos serem rebaixados em no mínimo de 20% nas escolas privadas após a pandemia e, no caso das universidades, as perdas chegam, em média, de 35%.
“Os docentes recebem por hora de aula. No modelo híbrido, eles podem alternar entre aulas presenciais e a distância, conforme a situação de cada escola durante a pandemia e o desejo dos pais dos alunos. ‘Quando passamos a trabalhar de forma remota, além de ter aumentado o excesso de trabalho e o no gosto com internet, as instituições reduziram a carga horária’, pontuou Rodrigo de Paulo, direto do Sinproep” (site Metrópoles 16/05/2021)
‘“Além do número alto de demissões, a categoria sofreu precarização dos salários e excesso de trabalho. A categoria está trabalhando três vezes mais’, lamentou. Hoje o DF TEM 23 mil professores particulares empregados” (idem)
Os professores, além de sofrerem todo o tipo de arbitrariedades, pressões, arrogâncias, assédio por parte dos tubarões do ensino, convivem com o fantasma das demissões rondando as suas cabeças.
É preciso barrar essa ofensiva reacionária dos patrões, e organizar uma ampla mobilização para por fim as demissões e os ataques. Mobilizar os trabalhadores contra a onda de demissões, que certamente continuará a ocorrer, e organizar a greve da categoria para que as suas reivindicações sejam todas atendidas.