Brunos Covas, na sua implacável generosidade, deu um presente de Natal e de Ano Novo para os funcionários municipais da saúde da cidade de São Paulo. O maravilhoso presente em Dezembro de 2020 foi a demissão. Trabalhadores dos hospitais municipais do Campo Limpo, do Tatuapé, do Jabaquara e da Mooca tiveram drasticamente a diminuição do quadro de funcionários com a demissão de centenas de trabalhadores que prestavam serviço sob o regime de contratos emergenciais.
Para ver o tamanho do desastre, só no Hospital do Campo Limpo, 68 profissionais foram demitidos, mesmo já estando com um número insuficiente para toda a demanda.
A demissão por si só já é um ataque às condições de vida dos trabalhadores, assim como um sucateamento das condições de funcionamento dos hospitais, e já é motivo para se rebelar.. Mas todos esses trabalhadores, funcionários da saúde, foram demitidos no meio de uma pandemia que já matou em torno de 500 mil pessoas. Essa sim é uma verdadeira prova dos interesses da direita, representada aqui por Bruno Covas, que não teve pudor em demitir no momento em que é preciso ampliar o número não só de trabalhadores da saúde como de hospitais.
Cabe aqui mostrar que o único ganho dessas demissões foi o aumento da quantidade de mortes. Que até combina com o sobrenome do Bruno: Covas. Tendo diminuído o quadro de funcionários da saúde, os hospitais ficaram superlotados, lotados até os corredores, com homens e mulheres sem serem atendidos na hora certa para evitar mortes. E o resultado foi consequente aumento da quantidade de mortes diárias, inclusive dos trabalhadores.
Com a morte desse elemento da direita, vários esquerdistas começaram a pedir orações e até desejaram conforto para a família Covas. Porém, essa mesma família vem há anos, como é demonstrado com essas demissões em meio à pandemia, criando condições para a morte dos pobres. Por isso não há motivos para se sensibilizar com a morte desse inescrupuloso que, em todos os anos de vida pública, tudo que fez foi um ataque ao povo pobre e trabalhador.
Ser contra os trabalhadores é a política do PSDB, e todos os seus membros, inclusive Covas, têm a tarefa de garantir os lucros da burguesia, independentemente da vida e da morte de milhares de homens, mulheres e crianças.
Bruno Covas foi um árduo agente da morte. As 30 mil mortes na cidade de São Paulo são obra desse elemento reacionário e inimigo dos pobres. Com sua morte nada mudará, mas é preciso mostrar que ele foi um genocida e nada fez para conter o avanço da Covid, pelo contrário, ao demitir trabalhadores da saúde e não testar a população, não distribuir máscaras, álcool gel e pagar a cada pessoa um salário mínimo, fez com que o povo ficasse vulnerável e desprotegido, tendo a incerteza que vai terminar o dia vivo.