A categoria bancária é uma das categorias que mais vem sofrendo em consequência da política genocida dos banqueiros e seus governos.
Decretado, no período da pandemia, que passasse a ser uma atividade essencial, as agências bancárias vêm funcionando normalmente, desde o início da pandemia do Covid-19, sempre com as agências lotadas, tanto do lado de dentro, quanto o de fora; todos devem ser lembrar das quilométricas filas, noticiadas pela imprensa, na Caixa Econômica Federal, onde a população se aglomerava para receber o auxílio emergencial, tal situação não é diferente em praticamente todos os bancos país a fora.
Por conta disso e pelo total descaso com os trabalhadores em não ter a menor preocupação com medidas sanitárias nas agências, o número de bancários desligados de seus empregos por morte chegou a 152, apenas entre os meses de janeiro e março deste ano. Foram 50 óbitos por mês, em média, um aumento de 176% na comparação com o mesmo período do ano passado, ou seja, um verdadeiro genocídio na categoria bancária.
Uma boa parte da categoria, com a pandemia, lotadas nos setores administrativos, passaram a trabalhar em situação de home office, ou seja, em casa, já que os ambientes nos escritórios são extremamente propícios à proliferação da contaminação do novo coronavírus. Mas, agora, ignorando olimpicamente o número de óbitos diários no país, que ainda é altíssimo, cerca de 1.500, onde apenas 20% da população brasileira tomou a segunda dose da vacina, sendo que, segundo informação da Fiocruz, para que aja um retorno a normalidade será preciso que 80% da população esteja vacinada, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) já prepara o contingente de trabalhadores bancários em home office retornarem aos seus locais de trabalho. Tal medida reforça, mais uma vez, que os banqueiros parasitas não estão nem um pouco preocupados com a saúde e a vida do trabalhador. Da mesma forma que vem acontecendo nas agências bancárias, os locais de trabalho nas dependências administrativas passarão pelo mesmo processo onde não são seguidos os protocolos de prevenção e higienização e, conforme já foi verificado aumentará exponencialmente o número de contágios e óbitos de bancários.
Os trabalhadores bancários das agências nunca tiveram a prerrogativa de ficar em casa desde o início da pandemia e, em consequência, um aumento das mortes e contágio na categoria. Com a volta dos bancários, que estão em trabalhando em casa, sem qualquer tipo de segurança sanitária irá, sem dúvida nenhuma, aumentar ainda mais essa tenebrosa estatística.
Nesse sentido, é necessário, urgentemente, barrar mais essa ofensiva reacionária dos banqueiros que, para manterem os seus lucros estão matando os trabalhadores. As direções devem organizar uma gigantesca mobilização de toda a categoria para enfrentar os patrões e dar um basta a sua política genocida. Chamar uma plenária dos bancários que tenha como objetivo interromper as suas atividades, ou seja, organizar a greve contra mais esse ataque.