Em 3 de abril de 1948, há 72 anos, o então presidente do Estado Unidos (EUA), Harry Truman, ratificou o que seria o “Plano Marshall”. No processo os americanos repassaram 14 bilhões de dólares (corrigidos hoje para 100 bilhões) aos países pertencentes à Organização Europeia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
O Plano Marshall substituiu o Plano Morgenthau, começando a operar em 2 de abril de 1948; Supostamente tinham como objetivo reconstruir as regiões devastadas, modernizar a indústria, remover barreiras comerciais e combater a disseminação do comunismo. Entretanto, mesmo volumosa, a contribuição não ultrapassava 3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países beneficiados, que já se encontravam em processo de recuperação. Os repasses serviram apenas para atrelar os países europeus à política norte-americana e conter a disseminação da onda revolucionária.
A ajuda do Plano Marshall considerou a base per capita da região, todavia os países com maior desenvolvimento industrial, sendo as nações aliadas na segunda guerra, foram que mais receberam ajuda. Entre os 18 países beneficiados, o país mais agraciado foi o Reino Unido, que recebeu 26% do montante, seguido da França com 18% e da Alemanha Ocidental com 11%.
As consequências
O período de 1948 a 1952 foi o de maior crescimento econômico da região europeia, com a produção industrial atingindo um acréscimo de 35% e a produção agrícola superando os patamares pré-guerra. Entretanto foram impostas novas formas de organização política e econômica, caracterizando a imposição americana de um verdadeiro cabresto aos países destruídos pela.
Politicamente, a maior consequência do Plano Marshall foi o desmonte e subjugação do movimento revolucionário que estava varrendo a Europa, contendo a onda revolucionária dos trabalhadores que derrotou o fascismo rumava a tomar o poder na Europa. Considerando o fornecimento dos produtos norte-americanos aos países beneficiários, toda a ajuda concedida logo retornou aos cofres norte americanos com juros.
Foi nesse período e como consequência do Plano Marshall, que começaram as discussões que deram origem ao que hoje é a União Europeia. Esse movimento tinha como objetivo oficial evitar novas guerras e servir como um muro de contenção ao comunismo que se alastrava rapidamente pela Europa no período pós-guerra.