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Abutres

O ministério que “deu certo”… porque conseguiu privatizar

Com a propaganda de que iria entregar 300 estatais do país, Paulo Guedes, dizendo não ter conseguido uma sequer, para os patrões não passa de um charlatão

Diante de uma perspectiva de entregar mais de 300 estatais do país, Ministério Infraestrutura, do capitão do exército e golpista Tarcísio de Freitas resolve fazer um alarde de que conseguiu entregar alguns terminais portuários por R$ 87,5 milhões. Um capacho do grande capital entregando o patrimônio do povo e se vangloriando desse feito.

Conforme o jornal golpista O Estado de São Paulo do último domingo (03), só em 2019, foram 27 leilões de concessão (nome para esconder o termo privatização): 13 terminais portuários, um trecho da Ferrovia Norte-Sul, duas rodovias e 12 aeroportos. O ministro golpista diz ainda que, “o saldo em 2020 só não foi melhor porque, em razão da pandemia, foi preciso prudentemente adiar as concessões de rodovias e sobretudo de aeroportos, um dos setores mais severamente afetados”.

Se utilizando dos argumentos dos principais interessados na infraestrutura, para que seja escoada a produção para fora do país, o venal Estadão justifica a entrega afirmando que o governo não fez quase nada em investimento em infraestrutura e dá exemplos de setores com eletricidade, saneamento e telecomunicações e apresenta dados recentes, onde mostra que recentemente a média está abaixo de 2%. Especialistas como Claudio Frischtak, da Inter B. Consultoria, estimam que nos próximos 20 anos seria preciso aumentar a média para algo entre 4% e 6%. Mas a má governança, insegurança jurídica e regulatória e legislação anacrônica são entra a isso. O jornal afirma ainda que a agenda, melhor de dizendo, a entrega dos quatro portos em Alagoas, Bahia e Paraná no ano de 2020 foi um grande feito do militar golpista, Tarcísio de Freitas.

Tomado da sede de entregar todo o patrimônio do país, o representante da burguesia, o estadão considera que Bolsonaro os seus pupilos estão muito lentos em doar aos abutres, principalmente do imperialismo norte-americano o patrimônio do povo.

Este jornal, recentemente entrevistou o Chicago Boy, e presidente de uma das maiores estatais do Brasil, a Petrobras, Roberto Castello Branco, onde este discípulo do Milton Friedman afirmou que vai entregar praticamente todos os ativos da estatal e já vem fazendo isso. Dois exemplos recentes foram o Campo de Sergipe, no dia 11 dezembro de 2020 e mais 14 campos foram entregues, também no último mês do ano de 2020, estes no estado da Bahia. Apesar disso, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) em um ultimato deu prazo para que a Petrobras entregue até o final de junho de 2021 54 campos de petróleo.

Os patrões querem a entrega imediata

Conforme a imprensa divulgou em janeiro de 2020, o governo golpista do fascista Bolsonaro, através de seu pupilo, o neoliberal, banqueiro e ministro da economia, vinha anunciando a entrega de 300 das mais de 600 empresas do país. O governo Bolsonaro previa levantar R$ 150 bilhões em 2020 com as privatizações de estatais e subsidiárias, com a venda de ativos naturais e com a venda de ações que a União e suas estatais possuem em empresas privadas. O número é aproximadamente 50% superior ao que o governo levantou no ano passado com privatizações e desinvestimentos: R$ 105,4 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14), pelo secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar.

O governo federal tinha a intenção de reduzir a participação que possui em 300 empresas e, ao longo do ano de 2020 pelo menos 64 destas estatais. Ao todo, a União possui atualmente participação em 624 empresas, seja de forma direta, como acionista controlador das estatais, seja de forma indireta, caso das subsidiárias, coligadas e participações acionárias. No entanto, nove estatais foram entregues e oito estavam para ser leiloados até o final de dezembro.

Frustrados por não terem conseguido o objetivo

Diante da expectativa que os capitalistas tinham, o resultado foi um fiasco, e desta forma, procuram um responsável para colocar a culpa do fracasso, diante das promessas. Por isso o enaltecimento ao ministro da infraestrutura Tarcísio de Freitas, indicando a crise existente, dentro do governo com o ministro Paulo Guedes que, disse à imprensa que teve grande dificuldade para avançar em 2020 com o programa federal de privatizações. Em dois anos de governo, nenhuma estatal de controle direto da União foi vendida e muitos dos leilões de concessão ou de parceria com a iniciativa privada, previstos para o ano foram adiados ou cancelados.

Em novembro, Guedes admitiu estar “bastante frustrado” por ainda não ter conseguido vender uma estatal. Na ocasião, ele afirmou que “acordos políticos” no Congresso têm impedido as privatizações.

Em 2020, apenas nove projetos federais da carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foram anunciados como concluídos. Em janeiro, o governo previa leiloar ao menos 64 projetos.

Para completar o quadro desalentador dos capitalistas, o que se considerava uma transação ótima para o imperialismo norte-americano, com a aquisição da Embraer, a Boeing competiria com sua rival europeia no segmento de aeronaves regionais.

Para a burguesia o ministério da infraestrutura conseguiu leiloar alguma coisa, enquanto o governo, mais diretamente o ministro da economia Paulo Guedes, fiador de Bolsonaro, que dizia ser o grande homem de privatização, do estado mínimo, às aves de rapina do grande capital foi algo frustrante, ficou longe de atender às expectativas.

Apesar de no terem obtido os resultados que pretendiam, os patrões vão fazer de tudo para abocanhar todo o patrimônio do povo.

É preciso a mobilização de todas os servidores públicos para impor uma derrota ao fascista Bolsonaro, juntamente com com todos os trabalhadores.

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