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Partido Socialismo e Liberdade

O imperialismo quer uma esquerda domesticada

A criação de uma esquerda identitária e inofensiva, que queime estátuas e faça ações simbólicas, é fundamental para os interesses do imperialismo mundial na América Latina.

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O imperialismo mundial, em particular os Estados Unidos, atua na América Latina para impulsionar uma esquerda inofensiva e completamente domesticada, incapaz de representar a menor ameaça para sua dominação política e econômica.

Os partidos nacionalistas são os principais alvos do imperialismo neste momento. No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem sofrido diversas tentativas de desmantelamento. A Operação Lava Jato, que contou em sua equipe com 13 agentes do FBI ( Federal Bureau of Investigation – polícia federal americana), atacou o PT e prendeu ilegalmente seu principal líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Mesmo antes da deflagração da Operação Lava Jato pelo imperialismo, por volta de 2014, dirigentes históricos do PT foram para a cadeia vítimas de fraudes judiciárias e perseguições políticas, conforme aconteceu nos julgamentos do Mensalão. José Dirceu e José Genoíno foram presos sem provas, em processos fraudulentos com base em matérias da imprensa burguesa.

As forças imperialistas lançaram uma ofensiva contra o nacionalismo burguês venezuelano, que se expressa politicamente pelo chavismo. Nas últimas décadas, diversas tentativas aconteceram para dar um golpe de Estado com  apoio de setores pró-imperialistas da burguesia venezuelana e até mesmo se cogitou uma intervenção militar externa. O chavismo, pela sua política nacionalista de defesa da economia nacional e do petróleo, representa um obstáculo para os interesses dos norte-americanos.

Na Nicarágua e na Bolívia, os alvos foram o sandinismo e o Movimento Ao Socialismo (MAS), duas correntes políticas de tipo nacionalista. No Equador, a tendência política de Rafael Correia foi banida do processo eleitoral e o ex-presidente teve de fugir para não ser preso.  Nos três países o alvo fundamental são as forças de tipo nacionalista.

Os governos nacionalistas se apoiam nas massas e, em geral, têm apoio das organizações populares de seus países. Para manter o controle da situação nos marcos do capitalismo, eles são obrigados a fazer concessões e reformas sociais no interesse das massas, assim como defender a economia nacional. Na atual etapa da luta de classes, o imperialismo quer um regime político que seja capaz de implementar uma política neoliberal até as últimas consequências, algo que o nacionalismo burguês é incapaz de fazer nos países atrasados.

A criação de uma esquerda identitária, inofensiva e domesticada, ao estilo do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no Brasil, é uma necessidade para a manutenção da dominação por parte do imperialismo mundial. Este é o motivo do financiamento de organizações empresariais internacionais – Open Society, Fundação Ford, Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade (RAPS), Fundação Lemann, IREE – a setores da esquerda brasileira e latino-americana. O ex-candidato a vereador pelo PSOL, Wesley Teixeira, recebeu dinheiro de Armínio Fraga, um conhecido operador do mercado financeiro e ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso.

Guilherme Boulos, dirigente do PSOL e líder do MTST, tem relações estreitas com o IREE, que por sua vez está ligado ao Global American e ao The National Endowment for Democracy (NED). Aquele Instituto tem entre seus quadros Leandro Daiello, Sérgio Etchegoyen e Raul Jungmann, todos peças fundamentais na conspiração e execução do golpe de Estado de 2016. Não à toa o PSOL é o partido do identitarismo, uma ideologia burguesa concebida para semear o confusionismo e o divisionismo no movimento popular, particularmente  entre a juventude.

Uma esquerda inofensiva não luta contra a fome a carestia, não defende os direitos trabalhistas, sociais e previdenciários, não defende um programa de reivindicações e não tem lastro nas organizações sindicais e populares. A luta desse tipo de esquerda, por sua incapacidade de mobilizar o povo, é direcionada aos símbolos, como queimar estátuas, fazer ocupações simbólicas na Bolsa de Valores ou entrar com ação no Ministério Público para a retirada de um touro que estava em frente à Bolsa de Valores de São Paulo.

A luta contra o aparelho repressivo do Estado – Polícia Militar, Polícia Civil, sistema penitenciário – não faz parte das preocupações da esquerda impulsionada pelo imperialismo. Ao invés de pedir o fim da PM, que massacra a população negra e pobre nas favelas, a esquerda identitária – que se declara como defensora dos negros – trava um combate contra o “racismo estrutural”. Na questão das mulheres, ao invés de defender a legalização do aborto, emprego e creches, a discussão é sobre representatividade feminina nas empresas e no Estado capitalista, lugar de fala e empreendedorismo.

A criação de uma esquerda domesticada e o desmantelamento dos partidos nacionalistas são dois objetivos centrais do imperialismo debilitado pela crise capitalista em sua ofensiva para reforçar sua dominação sobre os países atrasados da América Latina.

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