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O efeito revolucionário da vitória do Talibã

A vitória do Talibã é um sinal de fraqueza do imperialismo que fortalece a luta de todo povo oprimido

O líder do Talibã foi recebido pelos líderes dos grupos jihadistas internacionais, assim como um novo presidente dos Estados Unidos: há uma corrida para ser o primeiro a comprimentar a figura importante recentemente empossada no poder. No caso do Talibã, o grupo vitorioso foi o Hammas, o movimento islamista palestino. Em seguida a ele, grupos jihadistas do Paquistão, Iêmen, Síria, Nigéria, Mali, Somália e Moçambique também vieram comprimentar o líder da verdadeira revolução que foi a tomada do poder em Cabul.

Essa corrida é um elemento da nova situação em que se encontram todos os jihadistas do mundo: com a vitória acachapante do Taliban, todos os países se viram na posição de ir à ofensiva e vencerem os seus próprios opressores, em uma real luta anti-imperialista internacional.

A revista The Economist, importante órgão de imprensa inglês, lançou uma matéria cujo título dizia “Após Taliban, o que vem em seguida na guerra santa internacional?”. No texto, o órgão salientou a importância da crise no Talibã para o desenvolvimento da guerra santa internacional. Isso significa, que jihadistas em todo o mundo, na África, Oriente Médio, Oriente e até, no Ocidente, devem intensificar suas lutas devido à perspectiva real de vitória a exemplo do Afeganistão.

A situação da crise internacional do imperialismo, nesse sentido, se agrava. A situação já vinha complicada desde a crise de 2008, a qual não foi superada pelo imperialismo internacional até hoje. A crise do início da pandemia, deflagrada pela guerra dos preços do petróleo, resultando na necessidade de gastos acima de 3 bilhões de dólares por parte dos EUA para evitar o crash da bolsa de Nova York piorou ainda mais a situação do imperialismo. Nesse sentido, a dominação desse país ao redor do globo, tanto na América Latina, quanto no oriente, se tornou definidora para a situação interna do país. 

A eleição de Joe Biden marcou uma intensificação na política golpista nos países dominados pelos EUA. O aumento das sanções contra Cuba, a intensificação da política de cortes e ataques aos trabalhadores no Brasil, o aumento do cerco à Venezuela. Tudo isso estava nos planos dos EUA no sentido de intensificar a sua ação predatória em relação às economias dos países atrasados a fim de conter o rombo orçamentário causado pela crise econômica. No Brasil, o prosseguimento da privatização dos correios e da Eletrobrás são exemplos dessa política.

Nesse momento de ofensiva, portanto, se colocou no caminho o anúncio da retirada das tropas norte-americanas de solo afegão, após vinte anos de guerra. Essa saída, segundo os conselheiros militares de Biden, deveria ser lenta e gradual, a fim de se estruturar um governo fantoche no local. Indo contra esses conselhos, Biden anunciou a retirada total das tropas para esse ano.

É importante dizer, nesse sentido, que a derrota dos EUA no Afeganistão não foi uma questão meramente militar. O principal elemento foi a derrota moral do exército norte americano, cuja presença em um país inóspito como o Afeganistão, em uma guerra sangrenta e sem sentido, levou a deserção de muitos soldados em favor do talibã. Essa situação ocasionou o esmorecimento das forças norte-americanas no país e possibilitou a tomada do poder pelo Talibã.

Nesse sentido, fica claro que sequer as tropas norte-americanas acreditavam na dominação do Talibã como um elemento de desenvolvimento para a população local, pelo contrário. Os vinte anos de guerra só pioraram a situação social do país, agravando o atraso. Como um país tribal, ainda longe da situação de democracia, o país vivia sob uma ditadura imposta pelos EUA sem condições de trabalhar pelo seu próprio desenvolvimento. É preciso dizer, portanto, que muito longe de a tomada do poder pelo Talibã significar um retrocesso para a população local, essa tomada do poder é o único passo adiante para o desenvolvimento de uma nação livre e desenvolvida. 

Por último, a demonstração de fraqueza por parte do imperialismo norte-americano no Afeganistão, é uma arma sem preço nas mãos de todo o povo oprimido. Essa situação leva a uma tendência revolucionária entre os grupos jihadistas, e deve impulsionar a luta de todos os trabalhadores em nível internacional. Dessa forma, não é possível se opor à vitória do Talibã no Afeganistão.

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