O Rio de Janeiro tem sido o reflexo mais claro do Brasil no que se refere à destruição da saúde pública. O estado tem vivido uma calamidade pública no número de contaminação e mortes, assim como nas filas de espera por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Em apenas um mês houve um aumento exorbitante desta fila de espera, cujo crescimento foi de 45 vezes entre os dias 22 de fevereiro e 22 março. Nas duas ultimas semanas, o crescimento foi de 700%, além do fato de que a média de espera nessas filas é de mais 20 horas. Com isso, o Rio de Janeiro bate um novo recorde, que não se trata de uma fatalidade, mas de mortes resultantes da política genocida dos golpistas.
É uma situação de extrema vulnerabilidade social que tem sido desenhada e com consequências gravíssimas, como o 5º dia seguido de crescimento do número de mortes por Covid-19. Como se sabe, as áreas mais afetadas são as de baixíssima renda, como as favelas, que tem registrado 5 mortes e 49 casos por dia.
No Brasil, há quase 6.400 pessoas a espera de serem atendidas. Isto enquanto a pandemia se agrava, o atraso da vacinação se prolonga cada vez mais, o auxilio que deveria ser emergencial não chega e o isolamento social decretado de forma meramente burocrática, não sai do papel, dado que as pessoas não vão ficar em casa esperando para morrer de fome.
É uma forma astuta do governo assassinar a população ao não promover políticas efetivas de combate ao coronavírus, tais como: ampliar e incentivar financeiramente o quadro de funcionários da saúde que trabalham em péssimas condições; buscar estruturar os hospitais com os materiais adequados a atender os pacientes; ampliar a testagem; fornecer as condições materiais para os trabalhadores adotarem medidas de isolamento, como os que se encontram na humilhação da informalidade para não morrerem de fome, além das demais obrigações relacionadas a agilização da vacinação, que neste momento está parada na abaixo nos 6% da 1ª dose e 2% da 2ª.
Até que esse quadro seja revertido pela intervenção da população e suas organizações, a crise no sistema público, na qual o estado se encontra, é mais do que um descuido. Trata-se de um projeto de destruição da população pobre do país, que sob os governos golpistas tem sido massacrada todos os dias.