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Pandemia

Nem Bolsonaro, nem os governadores: ninguém quer pagar o auxílio

Esquerda deve mobilizar o povo contra a direita que quer matá-lo de fome

O presidente golpista Jair Bolsonaro (sem partido), em sua visita ao Ceará na última sexta-feira (26), realizou mais uma de suas coletivas absurdas, ameaçando de diversas formas as condições de vida de todo o povo brasileiro.  Um dos principais pontos foi sua fala ameaçando os governadores que fecharem suas fronteiras, por conta da explosão da pandemia – ocasionada pela política de toda a direita e parte da esquerda -, que terão que bancar o auxílio emergencial com a verba dos próprios estados.

“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar seu estado, o governador que destrói emprego, ele é quem deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do Presidente da República essa responsabilidade”, ameaçou o Bolsonaro.

O ataque do presidente ilegítimo se deu por conta dos atuais anúncios de medidas mais restritivas para conter o avanço da COVID-19 na maioria dos estados brasileiros. Lembrando sempre que esta nova etapa de aumento da pandemia é resultado direto da política da direita genocida, com a reabertura do mercado para salvar a economia capitalistas – meia dúzia de banqueiros e industriais -, somado à falta de um auxílio emergencial decente para o povo se manter em casa, bem como com a obrigação da volta ao trabalho e a aglomeração nos transportes, e ultimamente, com a falta de vacinas e de estrutura total da saúde.

Esta situação abriu uma crise dentro bloco golpista, com governadores de direita, como João Doria (PSDB-SP), que, aproveitando a “deixa”,  revidou contra o presidente que ele mesmo elegeu. 

“O desequilíbrio de Bolsonaro é proporcional à tragédia humana que o negacionismo provocou no Brasil”, afirmou João Doria (PSDB-SP).

Doria , sendo o governante do estado mais rico do país, representante de quase 50% do PIB nacional, se dizendo o grande “lutador da vacina”, teria o dever de pagar para os mais carentes. Porém, é também o governante do estado onde mais morreram pessoas vitimadas pela pandemia, claramente, é inimigo dos trabalhadores. O “Santo Doria” poderia – como fez com a vacina -, pagar para todo o Brasil, mas questão é que ele não fez o que disse que faria, logo, qual seria a probabilidade de pagar o auxílio? Nula!

O estado aparece em primeiro lugar com R$135 bilhões em auxílio recebidos, segundo dados divulgados pela Secretaria Especial de Comunicação Social, consultados até 15 de janeiro de 2021, no Portal Transparência, Localiza SUS e Senado Federal. São Paulo também foi o estado que mais recebeu: R$ 135 bilhões em repasse obrigatório e R$ 55,19 em auxílio. O segundo estado foi Minas Gerais, com R$ 81,4 bilhões obrigatórios e R$ 26,9 bilhões em auxílio. O terceiro da lista é o estado do Rio de Janeiro, que recebeu R$ 76 bilhões em repasses e R$ 24,94 bilhões em auxílio.

Contudo, ao contrário do que o tucano prega, como grande defensor sabe-se lá de quem, neste ano cortou R$ 850 milhões da saúde pública em meio a pandemia. E isso, lembrando sempre do verdadeiro milagre operado pelos neoliberais científicos – que chamam Bolsonaro de negacionista -, quando, nas eleições, o vírus recuava enquanto os comícios aglomeravam, os transportes estavam lotados com a volta do mercado e saúde caindo aos pedaços.

Tudo uma grande demagogia eleitoreira, e ainda pior, enquanto isso, os banqueiros lucram cada vez mais.

Em 2017, Doria, por meio do Decreto 57.580/2017, determinou o congelamento de 1,3 bilhões da saúde, 1,28 bilhões da educação; 345 milhões da assistência social; 197 milhões do orçamento de cultura; 123,2 milhões em previdência social e ainda 66,8 milhões de habitação. Tudo para economizar, disse ele à época. No entanto, as grandes empresas e bancos devem à São Paulo e aos paulistanos, como está sendo apontado pela CPI da Dívida Ativa do Município, valores em torno de R$ 102 bilhões e seiscentos mil reais! E sendo que os primeiros devedores, tal como no âmbito nacional, da Poupança Federal, e muito mais, são os bancos Banespa/Santander e Itaú.

Para além do campo da direita oportunista, as falas do presidente ilegítimo também resultaram em uma reclamação geral dos governadores de esquerda. Os mesmos que dizem lutar contra Bolsonaro, mas que, na verdade, apenas falam e não fazem nada para derrubá-lo.

Segundo Flávio Dino (PCdoB-MA), “se os governadores tiverem que bancar até o auxílio emergencial, aí mesmo que o presidente da República vai provar sua total inutilidade”. 

Para outro governador da esquerda nacional, Wellington DIas (PT-PI), “não é razoável o líder de um país fazer o cidadão ter que escolher entre comida na mesa ou a vida”.

O leitor deve estar se perguntando, na verdade, se não é razoável derrubar um presidente fascista quando ele ameaça matar o povo de fome? Ou ainda, porque os governadores de esquerda não tomam a dianteira e pagam o Auxílio ao povo para atacar Bolsonaro pela prática?

Estas são as questão colocadas para toda esquerda: parar de falar e fazer!

Aproveitando que o PCO, junto aos Comitês de Luta, as bases do PT, MST, movimentos sociais, saíram às ruas pelos direitos de Lula – escancarando a farsa dos processos da Lava Jato ainda mais -, tentando forçar a compra de vacinas – urgentemente – para o povo, pedindo a derrubada do governo golpista, os governadores de esquerda deveriam tomar uma decisão para salvar o povo.

É preciso de política própria, como o PCO vem demonstrando nas ruas. Uma política popular, de intervenção na situação através de comitês do povo e convocar todos os setores para tomar as ruas e derrubar este governo ilegítimo.

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