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Polarização política

Não tem meio-termo: é Lula ou Bolsonaro

O acirramento da luta de classes no País, expresso nas candidaturas do petista e do fascista, obrigam um posicionamento no apoio a um ou a outro

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, ocorrida na tarde desta segunda-feira (08) – que julgou a justiça do Paraná incompetente em quatro condenações contra o ex-presidente Lula, resultando de imediato na devolução dos seus direitos políticos, arbitrariamente cassados pela Lava Jato – é uma expressão da profunda crise política nacional. A decisão, no entanto, criou um novo fato político: Lula pode ser candidato em 2022.

Isto cai como a última pá de cal sobre a fracassada política de frente ampla, a qual setores da esquerda haviam se comprometido – ou seja, de apoio e subordinação da esquerda a setores considerados moderados da direita, supostamente como meio único de derrotar o bolsonarismo. A entrada do ex-presidente Lula como personagem principal no drama político nacional, reduz a situação política a uma contradição mais básica, em termos bem simples: é Lula ou Bolsonaro! São esses dois polos, o popular, de esquerda, representado por Lula e o burguês-fascista, representado por Bolsonaro, que se enfrentarão e que expeliram para fora todas as alternativas que ficaram no meio do caminho.

É assim que se divide as forças políticas nesse exato momento, onde não há terceira via. Nesse quadro a polarização política do país, agudizada pelo golpe de Estado de 2016 atinge seu ápice. Todas as conquistas populares, e até mesmo revolucionárias vindouras, passam nesse momento pela mobilização pela candidatura de Lula em 2022. Uma frente operária, popular e de esquerda, que agrupe e organize milhões e milhões de cidadãos contra a direita e a extrema-direita golpistas, que controlam o poder político no país hoje.

Assim como a candidatura de Lula age como um polo de atração de todos os setores explorados e oprimidos, de toda a esquerda nacional e dos setores democráticos, a burguesia golpista, sua ala dita “civilizada” e “científica” e a sua ala bárbara e obscurantista, tendem a se mover mais a direita, ao encontro do bolsonarismo. É preciso colocar a questão de maneira clara e direta: ou se está com Lula ou com Bolsonaro, não há outras alternativas no presente momento.

Toda a esquerda que coloque os interesses dos trabalhadores, do povo, em primeiro lugar em relação aos interesses próprios, tem por dever imediatamente declarar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E mais, é preciso toda a esquerda nacional, o movimento operário, os movimentos sociais, camponeses e democráticos, saírem às ruas por Lula candidato. É hora que organizar e pôr em marcha a maior campanha política que o país já viu. Maior que da abolição e que das diretas. Uma campanha que é necessária para derrotar a direita e a extrema-direita e que é relativamente simples, uma vez que a presença de Lula já dispõem do engajamento e da simpatia de pelo menos metade do povo brasileiro.

Qualquer colocação que fuja da contradição básica da situação política atual é capitulação e demagogia. Do ponto de vista da esquerda, levantar qualquer condicionante ao apoiar a candidatura Lula, como diferenças programáticas, ideológicas ou de âmbito puramente eleitoral é uma traição aos interesses populares. Os que assim fizerem, serão sem dúvida, como outros traidores outrora foram, varridos para a lata do lixo da história, para usar a expressão do revolucionário russo Leon Trótski.

A frente de esquerda por Lula presidente não é uma frente eleitoral meramente, não é uma frente programática, mas uma frente única operária para derrotar a direita e a extrema-direita através da mobilização das massas. Uma frente para golpear juntos, embora se possa caminhar separados nos demais assuntos e questões políticas, o golpe fatal nesse momento é justamente a luta por Lula candidato, Lula presidente!

O momento é oportuno. A burguesia golpista encontra-se dividida em relação a uma série de temas do governo. A crise política e institucional e as contradições do bloco golpista possibilitou a anulação das condenações do ex-presidente Lula. É nesse momento que a necessidade de criar um movimento político em defesa da candidatura de Lula e de seus direitos políticos, é necessária também para impedir qualquer manobra contra Lula, que sem dúvida estão está sendo gestada.

Toda a esquerda tem que se dedicar com afinco a essa luta fundamental para derrotar os golpistas. É preciso começar a campanha por Lula presidente desde já. Por isso a esquerda precisa declinar de possíveis candidatos a presidente e declarar, de imediato, apoio à candidatura do ex-presidente Lula.

Mas não apenas um apoio verbal e de caráter eleitoral, sair às ruas por Lula presidente, esse é o critério da luta política atual e que divide os polos políticos. Aqueles que têm compromisso com os interesses do povo tem de se empenhar totalmente nessa luta; aqueles que se evadirem ou não se empenharem na luta é por que estão conscientemente ou não a serviço do polo oposto, o da burguesia e do bolsonarismo.

Por isso é preciso desde já sair às ruas por Lula presidente.

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