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Carnaval do Apartheid, não!

Na Bahia de Rui Costa, só rico pode participar de carnaval

É necessário desde já, as mobilizações dos setores populares e dos trabalhadores na defesa do povo e de sua cultura, o cancelamento do carnaval pelo país visa defender a direita

carnaval bolsonaro críticas

Na última quinta-feira, dia 23, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), favorecendo a direita, se juntou aos ataques ao povo, situação já comum para este governador da direita petista e anunciou o cancelamento do carnaval de rua na Bahia. Segundo Rui Costa em fala durante a inauguração de hospital, disse:  “só uma pessoa completamente irresponsável autorizaria o carnaval nessas condições”. Para justificar o fim do Carnaval Costa colocou que: “Continuamos tendo mortes do coronavírus e passa a ter morte do outro vírus, da gripe”.  

O Estado teve dois óbitos pelo H3N2 em idosos com 80 e 84 anos, na capital, Salvador e cerca de 185 contaminados no Estado. Segundo a Secretaria da Saúde, 61 pessoas foram hospitalizadas, com vírus da influenza. Já com a Covid, o Estado segue com média diária de 6 mortos por dia. 

No entanto, ao mesmo tempo em que anuncia a proibição do carnaval popular, “Não tem como falar de festa em larga escala nesse período.”, Rui Costa confirma, que para os ricos pode: “Já temos risco suficiente em admitir festas com 5 mil pessoas, então imagine para 3 milhões de pessoas.” 

Apesar do esforço de Costa para justificar sua política pró burguesia, cancelando o Carnaval de rua, em locais abertos, ao mesmo tempo que aglomerará a burguesia e a classe média em salões de luxo da cidade, o Estado do governador foi um dos recordistas durante o ano de 2021, de greves dos trabalhadores do setor rodoviários. Foram dezenas as greves contra a superlotação em meio à pandemia com a morte de muitos trabalhadores pela contaminação, assim como greves contra a carestia dos motoristas e cobradores. 

Antecipando-se ao anuncio do governo petista, os grandes artistas como Preta Gil, Daniela Mercury e Léo Santana responsáveis por gigantes blocos de rua anunciaram o cancelamento de seus desfiles. Aproveitando o impulso dado à sua política contra o povo pelo governador Rui Costa, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), enfatizou que seguirá a orientação de cancelar a festa. “Muitos já anunciam que não vão desfilar esse ano no carnaval, buscaram alternativas, plano B.” O prefeito fascista, defendendo os interesses da burguesia há alguns dias confirmou que o ‘Carnaval dos ricos’ está garantido, justamente por causa das grandes festas privadas. Em várias boates e salões os ingressos para esses “festivais de Carnaval” chegam a custar mais de R$ 1 mil. 

Enquanto o povão sequer vai ter direito à Carnaval na Fonte Nova, estádio do Bahia e se aproveitando do apartheid cultural e festivo imposto pelo governo do Estado, até mesmo o deputado federal pelo DEM, o cantor Igor Kannário através de suas redes sociais cobrou a cantora Ivete Sangalo, o governador Rui Costa (PT) e o prefeito Bruno Reis (Democratas): “Quer dizer que vai ter carnaval para os ricos e não vai ter para os pobres?”  denunciando o fato de a cantora Ivete Sangalo já ter aprovado uma mega festa com seis dias, entre fevereiro e março de 2022, no Centro de Convenções de Salvador, para a elite econômica baiana. 

A política imposta na Bahia para o Carnaval, não é mérito local, por todo o país o objetivo é impedir que os trabalhadores, os setores populares, o povão saiam às ruas no ano da eleição.  Após a direita e a esquerda pequeno burguesa, terem conseguindo sucesso em manter Bolsonaro até as eleições de novembro e terem sabotado as mobilizações impulsionadas pelo Partido da Causa Operária pela derrubada de Bolsonaro e a favor de Luiz Inácio Lula da Silva, agora querem impedir que o carnaval de fevereiro exploda no país com marchinhas, sambas e alegria denunciando que o povo quer hoje, Fora Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva presidente.  

Outros exemplos do carnaval pros ricos e miséria pros pobres se dá no Rio de Janeiro onde dois dos bailes carnavalescos mais badalados pela burguesia voltarão a acontecer em 2022, nos salões do Copacabana Palace, com o Baile da Vogue em 11 de fevereiro e o Baile do Copa no dia 26/02.  

Para impedir que a polarização volte a explodir no carnaval, a burguesia se articula, com o apoio da esquerda frente ampla, que trabalha a todo vapor apoiada por organizações imperialistas, para que não haja nenhuma mobilização popular no ano da eleição, aqui se entrelaçam a política da esquerda pequeno burguesa que acabou com as mobilizações por Fora Bolsonaro em 2021 e não quer nada até Março de 2022 e a direita que se articula para ter um candidato de frente ampla ou mesmo Bolsonaro para prosseguirem com golpe de Estado. 

É necessário agora uma luta na defesa do carnaval de 2022 para a classe trabalhadora, pois será o tiro de largada para a luta para a derrubada da direita. Basta ver o exemplo de 2019 quando em Olinda (PE), bonecos gigantes tradição nos desfiles de rua colocaram Bolsonaro e a primeira-dama, Michele, que foram vaiados e apedrejados por onde passaram. Em vários estados, o  povo puxou o coro “Ei, Bolsonaro, vai toma no cú”.  Em Brasília o bloco Divinas Tetas, surpreendeu até a cobertura da GloboNews na ocasião com o mesmo slogan, transmitido nacionalmente. Na cidade de São Paulo, fantasias de candidatos-laranja, fake news, WhatsApp, Queiroz (em referência ao ex-assessor de Flávio, ligado a milícias) e caixa 2 foram comuns. O Bloco 77 Originais do Punk fez uma paródia da música Coração Corintiano, de Manoel Ferreira. “Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano.”  

É por isso, que a direita não quer o carnaval. Ela não quer o povo, ela não quer a alegria, ela quer se possível, o apartheid social e econômico do povo brasileiro. Vamos à luta, vamos às ruas, vamos ao samba, vamos ao Fora Bolsonaro, vamos à Lula presidente, vamos ao carnaval meu povo. 

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