Na Análise de sábado, Rui convocou para a Plenária do Bloco Vermelho
No próximo final de semana, dias 6 e 7 de novembro, o Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta realizarão um evento de suma importância. A Plenária Nacional do Bloco Vermelho tem como objetivo discutir um programa de luta para o movimento pelo Fora Bolsonaro.
Com o fracasso dos atos da terceira via, a esquerda frenteamplista resolveu abandonar os atos de rua, seguindo a orientação da burguesia e da direita golpista que tentou se infiltrar nos atos populares. Essa operação, no entanto, pode levar ao desmantelamento das manifestações e incorrer numa derrota para toda a esquerda de conjunto. Em razão desse perigo iminente, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, convocou todos os setores combativos a participarem do evento. De acordo com Rui, o movimento pelo Fora Bolsonaro passa por uma encruzilhada e, dado o caráter urgente da situação em que vive a população, é necessário ampliar as manifestações, orientando-as com base num programa que atenda aos distintos setores oprimidos pela política dos golpistas.
Já temos a confirmação de caravanas em vários estados. Os setores mais avançados da esquerda devem se esforçar ao máximo para participarem desse momento decisivo da política nacional. O enfraquecimento do movimento pelo Fora Bolsonaro resultará numa vitória da direita que deu o golpe em 2016 e numa derrota acachapante da esquerda de conjunto. Para avançar com a política da 3ª via, os golpistas utilizam a frente ampla como ponte para a construção de uma candidatura que se oponha ao ex-presidente Lula, isto é, ao candidato que representa o conjunto das forças progressistas. Esse é o motivo pelo qual a direita tentou se infiltrar no movimento popular. Com a ajuda da esquerda pequeno-burguesa, a direita vem minando os atos e refreando as manifestações, uma vez que o resultado inevitável do movimento de massas é a evolução dos setores mais combativos à esquerda e a candidatura de Lula como principal expoente das demandas populares no campo eleitoral.
Embora a esquerda pequeno-burguesa não entenda, Lula se configura como a pedra angular de todo o movimento contra o regime golpista. A burguesia já deixou claro que não há espaço para sua candidatura. Forja-se, às pressas, uma candidatura que substitua Bolsonaro, mas, caso não logrem o resultado esperado, o coringa do baralho voltará a ser utilizado como meio de impedir a eleição de um candidato que represente uma ampla parcela popular e que, em razão desse lastro social, é incapaz de levar os planos da burguesia às últimas consequências; o que levaria a uma derrota parcial do regime golpista, mudando significativamente a correlação de forças sociais em disputa.
É preciso ter claro que a plenária servirá como o principal meio pelo qual organizaremos as mobilizações pelo Fora Bolsonaro, de maneira democrática, sem a presença da direita e dos arrivistas servis à política golpista da direita golpista. O movimento não pode ficar na mão de sabotadores e pelegos que nada fizeram durante todo o período do golpe e da pandemia. Os setores mais combativos devem lutar pela direção do movimento e orientá-lo de forma a destruir o regime golpista e construir um governo que atenda ao conjunto dos trabalhadores e todos os oprimidos. Rumo à Plenária do Bloco Vermelho!