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Educação

Ministro da educação quer o genocídio, é preciso impedir

É necessária uma ampla mobilização da educação para impedir o prosseguimento das mortes nas escolas.

Na manhã da última quarta-feira (10), durante uma cerimônia no Tocantins, o ministro da educação, Milton Ribeiro, defendeu a reabertura das escolas em meio ao pior momento da pandemia no Brasil. Essa declaração veio no mesmo dia em que o país bateu as mais de 2 mil mortes oficiais em 24 horas.

Para o ministro, desde que sejam respeitados os protocolos de biossegurança para a COVID-19, não há nenhum motivo para manter as escolas fechadas, já que o vírus não circula exclusivamente dentro das salas de aula. Dessa forma, anunciou que o ministério destinou mais de 700 milhões em verbas para que todos os colégios públicos do país se estruturassem para o retorno das atividades presenciais.

O que não é posto em mesa pelo ministro e pela burguesia em geral é que esse valor, apesar de soar grandioso, é ínfimo se formos ver a quantidade de escolas e estudantes espalhados pelo Brasil. Além do mais, a maioria dos colégios não tem o básico para saúde em períodos de normalidade. Quem já teve a oportunidade de frequentar o ensino público sabe das carências de bebedouros, produtos de higiene em banheiros, alimentação etc. Desse modo, como podemos imaginar escolas respeitando protocolos de segurança para uma doença de fácil propagação como o coronavírus? Impensável.

Ademais, a burguesia se encontra, neste momento, numa encruzilhada demagoga que espanta a qualquer um que tenha o olhar mais atento: ao mesmo tempo em que se pensa no lockdown como solução, com fechamento de bares, repressão a quem estiver vagando pelas ruas e em festas privadas (ou clandestinas), etc, o regime mantém os trabalhadores amassados como sardinha em lata nos transportes públicos e as crianças e profissionais da educação dentro de sala de aula. Se o vírus não tem circulação exclusiva dentro das escolas, também é verdade que não circula apenas em eventos sociais. 

A realidade da situação é que nunca o Brasil esteve tão grave em relação à covid como está atualmente. São mais de 11 milhões de casos confirmados e mais de 270 mil óbitos. Contudo, todos sabem que esses são dados muito mais suaves do que a realidade nos impõe. Em mais de 15 capitais, a ocupação de leitos para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) passa dos 90%, segundo a Fiocruz. Ou seja, se pensarmos que as capitais são onde há as maiores ofertas de leito, temos um um cenário em que a maioria das cidades brasileiras já têm seus sistemas de saúde colapsados.

Como exemplo do que é a covid em um ambiente escolar, o estado de São Paulo já registrou 21 mortes e mais de 4 mil casos de janeiro a março deste ano. Uma verdadeira carnificina. Há relatos cada vez mais frequentes de crianças e até recém-nascidos internados pela doença desde o surgimento da nova variante, que é mais transmissível e letal. Em Maceió, em apenas uma maternidade, são 15 bebês internados em estado grave para a Covid.

Nesse contexto, os governos federal, estaduais e municipais seguem sem propor nenhuma saída para a população a não ser uma gigante roleta russa. Não há sinais de vacinação, ao contrário, a expectativa mais palpável é de que a campanha nacional de imunização seja interrompida mais dia menos dia. A esquerda institucional e pequeno burguesa não faz nada em relação a isso, ficando a reboque das decisões da burguesia nacional sobre o destino dos trabalhadores.

Se não houver uma ampla mobilização dos trabalhadores da educação e do movimento estudantil, o genocídio nas escolas se intensificará, levando a classe trabalhadora para a cova rasa. É preciso uma greve nacional da educação já. Impedir o ingresso de quem quer que seja nas escolas. A volta às escolas deve acontecer somente com a vacinação em massa da população concluída.

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