A burguesia, desde o golpe de Estado de 2016, tem como seu principal objetivo impedir o retorno de Lula ao governo, o candidato mais popular do Brasil. Caso o regime fosse minimamente democrático, Lula seria o presidente eleito em 2018. Agora para as eleições de 2022, se prepara mais um golpe baseado na 3ª via, de Doria ou algum outro candidato da direita tradicional. Contudo, passados 5 anos do golpe e com uma polarização cada vez maior, as bases do PT, e daqueles que desejam Lula presidente em geral, não aparentam que irão aceitará de bom grado mais um golpe e a indignação nas bases é tamanha que já se expressa até mesmo em alguns setores da direção.
As mais recentes declarações foram feitas pelo ex prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, em resposta às declarações golpistas de Alfredo Setúbal o de fato presidente do banco Itaú. Haddad declarou em suas redes sociais “A turma da banca quer um Bolsonaro com verniz. Na falta, vão de Bolsonaro mesmo”. Ou seja, o imperialismo, que controla todo o setor financeiro, o mais parasitário e destrutivo da economia, tenta impor um candidato com a mesma política de ataque aos trabalhadores que a do presidente fascista mas que tenha um aspecto democrático e civilizado, sendo mais provável o próprio Doria. É uma análise acertada que já denunciamos diversas vezes desde que se iniciou a campanha da burguesia em prol do candidato da frente ampla.
Já Leonardo Attuch, editor-chefe do jornal Brasil 247, que tem uma ampla base petista, declarou: “Querem um Bolsonaro limpinho e cheiroso e podem voltar a ele se não encontrarem”. Isto é, enquanto organizam o golpe da 3a via para evitar que Lula seja presidente novamente eles ainda possuem Bolsonaro como uma segunda carta na manga caso a candidatura preferencial da burguesia não emplaque. Isso revela que é preciso intensificar a campanha contra a 3a via dentro do movimento fora Bolsonaro assim como lançar imediatamente a campanha nacional por Lula presidente.
As declarações de ambos, que se unificam no ataque ao golpe da 3a via, são uma demonstração da tendência de luta das bases do PT, algo que também é observado nos atos cada vez mais vermelhos e mais combativos e com uma maior presença da campanha espontânea por Lula presidente vinda desses setores. Agora com a participação da direita nos atos do próximo dia 2 de outubro, é preciso unificar todos os setores que lutam contra esse golpe e derrotar a 3a via nas ruas emplacando desde já a candidatura do presidente Lula para que se possa conquistar a sua vitória nas próximas eleições e um governo dos trabalhadores!
