Segundo Renato Pereira, marqueteiro de Freixo, a adição de Alckmin (sem partido) como vice na chapa do ex-presidente Lula (PT) equivaleria à Carta ao Povo Brasileiro assinada em 2002 pelo petista.
O documento, divulgado em 2002, teve como objetivo aproximar Lula do mercado financeiro (leia-se, burguesia), comprometendo-se a respeitar, durante um possível mandato, as imposições dos grandes capitalistas.
Para Pereira, que já foi integrante das equipes de marketing de Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Aécio Neves, a aliança entre os dois setores representaria um verdadeiro ato de união, colocando, portanto, Lula mais ao centro.
“O Alckmin acrescenta ao Lula a capacidade de representar uma causa moderada, generosa e que procura a união. No contexto de desunião que o país vive, quanto mais forte for a representação da união, mais capacidade você tem de vencer. Gestos valem mais que palavras. O Alckmin é a ‘Carta ao Povo Brasileiro’ de 2022”, afirmou o marqueteiro de Freixo.
Fica claro que, com o apoio à chapa Alckmin-Lula, Freixo se coloca, mais uma vez, no dever incansável de sabotar a candidatura de Lula por dentro. O frenteamplista já fez diversas declarações favoráveis à direita golpista e, com sua saída do PSOL em direção ao PSB, se agrupou no centro político da esquerda golpista.
Decerto que a aliança com Alckmin não representaria de forma alguma um avanço na candidatura de Lula. É, acima de tudo, uma armadilha que visa enfraquecer o petista visando ainda mais um golpe contra o PT.