Já está pronta a nova edição do jornal Causa Operária, número 1161 disponível desde o último dia 14, no sítio do JCO, https://jornal.causaoperaria.org.br/. Este é, inclusive, um grande diferencial de quem já usufrui da assinatura do JCO online. Entre diversas outras vantagens.
A edição traz em sua manchete a resolução da 3ª Plenária Nacional de Organização das Lutas Populares, que após o sucesso do ato de 1º de Maio convocado pelos Comitês e pelo PCO, aprovou um calendário de mobilizações de rua, incluindo um ato em Brasília, no próximo dia 26 e atos nas capitais e grandes cidades no dia 29. Além disso, destaca também o chamado para um novo ato em SP, no dia 3 de julho, em defesa das vacinas para todos com quebra das patentes, do auxílio emergencial de um salário mínimo, pela redução da jornada de trabalho, contra a privatização, entre outras pautas que estão devidamente explicadas nas páginas A3 e A8.
Lutar contra as privatizações
A gravidade da ameaça que ronda os Correios, por sinal, é tema de uma matéria à parte, na página B3, que traz informações sobre a entrega deste importante patrimônio nacional aos tubarões do capitalismo, tornando urgente a reabertura dos sindicatos. Aqui, é preciso clareza de que a ameaça das privatizações atingem o conjunto da classe trabalhadora brasileira, em com algumas categorias de maneira mais direta. Além dos Correios, destaque principal do caderno, a página B3 traz a matéria “Privatização da CEF: dividir para destruir”, trazendo informações sobre como o mesmo processo está se desenvolvendo na Caixa, que finalmente, é o método visto com a Petrobras e que vem sendo adotado pelo regime para levar adiante uma pirataria generalizada do patrimônio dos trabalhadores, direto para uma burguesia decadente, e por isso mesmo ávida por mais.
A voracidade da burguesia é tema de outra matéria, na A7, demonstrando a “incrível coincidência” entre a perda da massa salarial da classe trabalhadora medida pelo IBGE e o lucro exorbitante dos 3 maiores bancos privados do País no 1º trimestre do ano.
Colômbia não deve ser só louvada mas seguida
Com a economia demonstrando a cupidez e o parasitismo da classe burguesa, não resta outra saída à população exceto rebelar-se, preferencialmente, à maneira dos companheiros colombianos. O exemplo do país vizinho é tema de diversas matérias, entre elas, as principais das páginas A5 e A6. Esta última, trazendo uma polêmica com a esquerda pequeno-burguesa, que louva as mobilizações colombianas mas nada fazem para desenvolver o mesmo no Brasil.
Como lembra a polêmica principal da página, a esquerda pequeno-burguesa têm dedicado os mais belos adjetivos que a erudição superior desta classe social lhes permite usar para enaltecer o exemplo que vem da Colômbia – de fato digno de ser reconhecido -, porém recusa-se a fazer o mais importante, que é justamente seguir o exemplo. Limitar a ação política tendo como base nada além de preconceitos contra a classe trabalhadora só mostra quão amplo se tornou o diletantismo da pequena burguesia.
Como demonstra no detalhe a matéria principal da A5, o mesmo projeto de espoliação pela via tributária está se desenvolvendo no País, que já se encontra massacrado, pelo genocídio que levou mais de 400 mil famílias ao luto e também pela expropriação econômica, da qual se resulta uma carestia galopante, responsável por mais de 120 milhões de famélicos neste que é o “celeiro do mundo”, uma das mais industrializadas nações do planeta. Quem sofre pela fome e pela pandemia não pode esperar até 2022!
O mundo ao redor
Tanta catástrofe em nosso País não se desenvolve aleatoriamente mas segue um ordenamento global, cujos movimentos podem ser acompanhados com a melhor cobertura marxista da imprensa brasileira nas páginas B1 e B4. O destaque da edição fica por conta das eleições escocesas.
País oprimido pelo imperialismo britânico, a Escócia volta a discutir sua separação do Reino Unido em meio a um processo eleitoral marcado por uma radicalização acentuada da população escocesa. Por isso, a matéria principal da página B4 é imperdível para quem deseja estar a par da crise neste importante pilar de sustentação do imperialismo que é a Inglaterra.
Na página B1, o movimento surpreendente do presidente americano Joe Biden, que defendeu a quebra das patentes, é melhor analisado por Causa Operária. Claro que algum veneno haveria de fundamentar o gesto.
O famoso caderno cultural
Por fim, o caderno C, trazendo a primeira parte de uma matéria escrita pelo companheiro Rui Costa Pimenta sobre a luta do povo negro pelo fim da escravidão, por ocasião do 13 de Maio. Um fenômeno político marcante de nossa história, a luta abolicionista permanece envolva em muita incompreensão, o que torna a análise marxista da luta do povo negro na página C3 ainda mais importante.
Na página C1, uma matéria com o escritor argentino Ernesto Sabato. Falecido há 10 anos, Sabato foi o último nome desta importante escola literária latino-americana chamada “realismo mágico”. Tudo isso e muito mais no mais tradicional jornal da esquerda brasileira. E se você não vê a hora de ler esse importante instrumento de formação intelectual revolucionária, assine já o JCO online, ganhando também acesso ao imenso acervo do jornal, editado desde 1979.