Decidido a reiniciar a construção do muro de fronteira sul de Trump, Biden, que antes havia se colocado contra o projeto, agora parece ter voltado atrás, segundo noticiou o Washington Times. Completamente à serviço dos principais e mais fortes setores do imperialismo, Biden vai dando mostras de ao que veio.
Aliás, isso havia ficado bem claro, no que diz respeito à América Latina, quando indicou o colombiano Juan Sebastián González, um homem altamente reacionário para um cargo dentro do Conselho de Segurança Nacional, principal órgão do poder executivo que lida com a política externa, como diretor sênior para o Hemisfério Ocidental, e encarregado de destruir completamente a América Latina para garantia do lucro e financiamento das guerras.
A mudança de discurso é a defesa da política que tenta impedir a imigração da população de miseráveis desesperados criados pelas interferências dos EUA nos países da América Central, como Honduras, a quem os EUA deu um golpe em 2009. E, o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, informou que, para preencher “lacunas” nos impasses que estão criados na relação entre os Estados Unidos e o México, o projeto do muro pode ser retomado pelo Departamento de Defesa. Inclusive, sobre isso, o Secretário de Segurança Interna teria dito que:
“O presidente comunicou claramente sua decisão de que a emergência que desencadeou a devoção de fundos do DoD para a construção do muro de fronteira terminou. Mas isso deixa espaço para tomar decisões como a administração – como parte da administração – em áreas específicas da parede que precisam de renovação, projetos específicos que precisam ser concluídos ”.
O Congresso dos EUA aprovou aproximadamente US $ 1,4 bilhão em financiamento do muro de fronteira em dezembro de 2020 para o ano fiscal de 2021, e fez isso para lidar com a necessidade de votar um pacote que, originariamente, foi pensado para combate ao coronavírus, no importe de US $ 900 bilhões, ainda sob a administração de Donald Trump.
Joe Biden, que em sua campanha prometeu revogar as políticas de “tolerância zero” em relação aos migrantes que eram aguçadas por Trump, e que, em uma das primeiras ordens suas quando assumiu, congelou o financiamento do Departamento de Defesa para a construção do muro de fronteira, dá mostras de que tudo não passou de pura demagogia, e o que pretende, na verdade, é aumentar a repressão interna nos EUA e nas deportações, seguindo o estilo do que foi aplicado no governo Trump, tendo até enjaulado crianças .
Biden não deixa dúvidas de que vem por aí coisa muito pior do que pretendeu seu antecessor, e o que não é nada bom, é a sua sinalização para a América Latina.