Através de um novo mascote, o São Paulo FC presta homenagem a um dos gigantes dos esporte mais popular do mundo, Leônidas da Silva. Fazendo referência ao apelido do jogador, o Diamante Negro, o mascote se chamará Diamantinho.
A própria história ao redor desse apelido mostra o nível de popularidade do atleta. Jogando pela seleção brasileira na Copa Rio Branco, disputada no Uruguai contra os anfitriões, fez os dois gols da vitória brasileira, encantou os uruguaios e passou a ser conhecido como Diamante Negro. Sete anos depois, a então brasileira empresa Lacta comprou os direitos de uso da marca “Diamante Negro” junto ao próprio Leônidas para alavancar suas vendas de chocolates, tamanho o sucesso do jogador.
O jogador disputou duas Copas do Mundo representando o Brasil, 1934 e 1938. Em 1934, o Brasil disputou apenas um jogo na Itália de Mussolini, sendo eliminado pela Espanha. O Diamante Negro marcou o único gol brasileiro nessa Copa. Já em 1938, o craque foi fundamental para a melhor campanha até então dos brasileiros. Conquistando o terceiro lugar, Leônidas foi o artilheiro da competição e eleito melhor jogador da Copa. Até gol descalço o craque fez nessa Copa, contra a Polônia.
Na década seguinte, em decorrência da Segunda Guerra Mundial não ocorreram as Copas de 1942 e 1946. Com isso, o mundo perdeu a chance de assistir o gênio goleador com a camisa da Seleção Brasileira. No entanto, o craque seguiu encantando os brasileiros jogando e conquistando títulos com o São Paulo de 1932 a 1950.
Apesar de não ter inventado a “bicicleta”, foi indiscutivelmente seu maior difusor e a jogada acrobática, que segue animando os apaixonados pelo esporte, estará sempre associada ao seu nome. Leônidas da Silva marca o início da consolidação do Brasil como país mais destacado no futebol, tendo inspirado ninguém menos do que Pelé a fazer seus gols de bicicleta.
Resgatar a importância de figuras emblemáticas como Leônidas da Silva é uma tarefa cada vez mais necessária na defesa do futebol como patrimônio cultural no Brasil. Também conhecido como “Homem-Borracha”, por sua flexibilidade, o jogador de 1,65m é um dos gigantes da história do futebol.
O imperialismo europeu tenta insistentemente impor uma revisão histórica do esporte mais popular do mundo, apoiado no peso da sua propaganda. Alguns bons jogadores europeus são constantemente alçados ao exagerado status de “melhores da história”. De tanto escutar isso, muitos acabam repetindo por aqui essas distorções históricas. Se Pelé não fosse tão famoso no mundo inteiro, até o Rei do futebol seria deixado no banco de reservas desses supostos “melhores da história”.